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    Equador exigirá certidão de antecedentes criminais de estrangeiros nas fronteiras com Colômbia e Peru

    Países vizinhos anunciaram anteriormente que vão reforçar segurança na fronteira

    Mauricio Torresda CNN

    O governo do Equador exigirá que os estrangeiros que queiram entrar no seu território através das fronteiras com a Colômbia ou o Peru apresentem um certificado de antecedentes criminais.

    A medida, segundo a administração federal, tem como objetivo “prevenir e controlar a entrada de indivíduos que constituam uma ameaça ou risco à segurança pública”.

    O Ministério do Interior do Equador anunciou na quinta-feira (11) em sua conta no X que esta disposição estará em vigor enquanto durarem os decretos de estado de emergência e conflito armado interno no país.

    O primeiro decreto foi emitido na segunda-feira (8) pelo presidente Daniel Noboa; o segundo foi publicado na terça-feira (9).

    “A Subsecretaria de Imigração e os órgãos encarregados de realizar o controle migratório exigirão que os cidadãos estrangeiros que entrem pelas fronteiras do Peru e da Colômbia apresentem o Certificado de Antecedentes Criminais do país de origem ou residência durante os últimos cinco anos, devidamente apostilado”, alertou o Ministério do Interior.

    O órgão informou ainda que crianças e adolescentes acompanhados de parente até o “quarto grau de consanguinidade ou segundo grau de afinidade” ficarão dispensados ​​dessa exigência.

    A CNN entrou em contato os ministérios das Relações Exteriores da Colômbia e do Peru, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.

    O anúncio do governo equatoriano se soma às medidas anunciadas anteriormente para enfrentar a violência gerada pelas organizações criminosas.

    No decreto que declarou conflito armado interno, Noboa classificou 22 gangues criminosas como terroristas. Entre elas estão os Choneros, liderados por Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, um líder criminoso condenado que escapou da prisão no fim de semana passado.

    Durante os últimos dias, os governos dos países vizinhos do Equador, como a Bolívia, a Colômbia e o Peru, anunciaram um reforço da vigilância das suas fronteiras através do envio de mais elementos de segurança.

    Crise no Equador

    A onda de violência no Equador se intensificou após o líder do grupo criminoso Los Choneros fugir de uma prisão em Guayaquil, no domingo (7). Um dia depois, o presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência no país.

    Na tarde de terça-feira (9), um grupo de homens encapuzados e armados invadiu as instalações do canal TC Televisión, de Guayaquil.

    O crime foi capturado pela transmissão ao vivo, que mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão. Foi possível ouvir tiros e gritos. Em operação para libertar os funcionários, a polícia prendeu 13 pessoas e apreendeu armas e explosivos.

    Ainda na noite de terça, o presidente Daniel Noboa decretou a existência de um “conflito armado interno” no país e instituiu que sejam feitas operações pelas forças de segurança para neutralizar os criminosos.

    No texto do decreto, o governo também qualifica como “terroristas e atores não estatais beligerantes” 22 grupos do crime organizado.

    Segundo o governo do Equador, mais de 170 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos em ao menos cinco prisões do país.

    Além disso, diversos ataques e explosões foram registrados, e centenas de pessoas foram detidas.

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