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    Época de desova dos corais traz esperança para recifes da Grande Barreira

    Durante a primavera no hemisfério sul, diferentes espécies de corais liberam espermatozoides e óvulos, que se encontram na superfície da água e formam pólipos de coral

    Lilit Marcusda CNN*

    Durante alguns dias no hemisfério sul, toda primavera, o maior e mais famoso recife de corais do mundo explode. Esta é a época de desova dos corais – uma época em que a Grande Barreira de Corais cria a sua próxima geração.

    Na verdade, como explicam alguns cientistas, é quando todo o recife faz sexo.

    A desova dos corais deste ano começou em 2 de novembro. Durante este período, diferentes espécies de corais liberam espermatozoides e óvulos, que se encontram na superfície da água e formam pólipos de coral.

    Mas não se trata apenas de testemunhar uma experiência natural interessante. A desova dos corais, que acontece antes do verão no hemisfério sul, dá pistas sobre a saúde do recife de 345 mil quilômetros quadrados.

    “A desova anual de corais não é apenas um dos fenômenos naturais mais extraordinários do planeta”, afirma Anna Marsden, diretora-gerente da Fundação Grande Barreira de Corais. “Isto nos dá uma oportunidade de acelerar a pesquisa de ponta a nível mundial para salvaguardar o seu futuro dos impactos das mudanças climáticas”.

    A Unesco, que mantém a lista de sítios do Patrimônio Mundial, tem discutido se deveria adicionar o recife à sua lista de “locais em perigo” ao longo dos últimos anos.

    Embora o recife tenha escapado à designação em 2023, a Unesco afirmou que “uma ação sustentada para implementar as recomendações prioritárias da missão é essencial para melhorar a resiliência (do recife) a longo prazo” e solicitou uma atualização sobre a saúde do recife até fevereiro de 2024.

    O aquecimento das águas causado pelas mudanças climáticas levou ao branqueamento dos corais em grande escala, que ocorre quando os corais “estressados” ficam brancos, revelando os seus esqueletos carbonáticos.

    Uma pesquisa científica divulgada pelo governo australiano em maio de 2022 relatou um sexto “evento de branqueamento em massa”, com 91% dos recifes afetados.

    *Com informações de Hilary Whiteman, da CNN.

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