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    Envio da polícia do Quênia ao Haiti para combater gangues é adiada, dizem fontes

    Agentes não teriam sido informados do motivo para adiamento; país da América sofre com violência há meses

    Aaron Rossda Reuters

    O envio dos primeiros policiais do Quênia ao Haiti para liderar uma força internacional para combater gangues foi adiado, disseram à Reuters duas fontes informadas sobre o assunto.

    Isso acontece após um voo que levaria os agentes ter sido postergado na terça-feira (21).

    Autoridades dos Estados Unidos haviam indicado anteriormente que as tropas estariam em Porto Príncipe já nesta quinta-feira (23), coincidindo com a visita do presidente queniano, William Ruto, à Casa Branca.

    Em coletiva de imprensa conjunta com o presidente dos EUA, Joe Biden, Ruto reiterou o compromisso do Quênia de enviar os policiais ao Haiti.

    O Quênia se ofereceu como voluntário para liderar a missão em julho do ano passado, mas houve vários atrasos no destacamento dos agentes devido a ações movidas por opositores e a uma onda de violência no Haiti em março, que fez com que o primeiro-ministro haitiano renunciasse.

    A missão, que incluirá até 2.500 pessoas, tem como objetivo combater gangues que controlam a maior parte de Porto Príncipe e que têm cometido assassinatos generalizados, sequestros e violência sexual.

    O Quênia comprometeu a enviar 1.000 agentes policiais para a missão aprovada pela ONU. A maior parte da operação é financiada pelos Estados Unidos.

    “O Quênia acredita que a responsabilidade da paz e da segurança em qualquer lugar do mundo, incluindo o Haiti, é responsabilidade de todas as nações”, ponderou Ruto na entrevista coletiva com Biden.

    Duzentos oficiais quenianos destacados para a missão foram informados de que partiriam de Nairóbi na noite de terça-feira, de acordo com as duas fontes, falando sob condição de anonimato por discutir informações sensíveis.

    Uma das pessoas ouvidas pela reportagem é ex-policial que está em contato com membros da missão. Ela pontuou que os agentes não receberam nenhuma explicação para o atraso de última hora e foram orientados a permanecer de prontidão.

    A outra fonte, informada por um funcionário do governo, destacou que não existiam condições em Porto Príncipe para receber os oficiais.

    Um porta-voz do governo do Quênia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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