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    Entenda por que os EUA vetaram resolução do Brasil sobre guerra na ONU

    Estados Unidos usaram seu poder de veto como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU

    Flávio Ismerimda CNN

    São Paulo

    A resolução sobre a guerra entre Israel e o grupo radical islâmica Hamas proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU foi vetada nesta quarta-feira (18) pelos Estados Unidos.

    O texto condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.

    A justificativa apresentada pela representante norte-americana no Conselho de Segurança da ONU, Linda Thomas-Greenfield, foi o fato de que a proposta costurada pelo Brasil não mencionava os direitos de autodefesa de Israel.

     

     

    “Sim, as resoluções são importantes. E sim, este Conselho deve se pronunciar. Mas as ações que tomamos devem ser informadas pelos fatos e apoiar esforços diplomáticos diretos. Isso pode salvar vidas. O Conselho precisa para acertar isso”, disse ela.

    Na votação, apenas os Estados Unidos se colocaram como contrários ao texto, enquanto Rússia e Reino Unido se abstiveram. No total, foram 12 votos a favor.

    Apesar da votação ter resultado em maioria absoluta a favor da aprovação do texto, os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução, já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança. China, França, Rússia e Reino Unido possuem o mesmo status.

    China e Brasil criticaram postura dos EUA

    O Embaixador da China na ONU, Zhang Jun, acusou os Estados Unidos de levarem os membros do Conselho a acreditar que a resolução poderia ser adotada depois de não comentarem ou expressarem oposição durante as negociações.

    “O resultado final da votação é simplesmente inacreditável”, disse ele. 

    O representante do Brasil no Conselho criticou a dificuldade para aprovação de um texto consensual diante de uma situação que ele classificou como “catástrofe humanitária”.

    “O Conselho deveria tomar uma atitude e agir rapidamente. A paralisia do Conselho diante de uma catástrofe humanitária não é de interesse da comunidade internacional. Enquanto fazíamos um grande esforço para acomodar posições diferentes — e, às vezes, opostas —, nosso foco estava, e segue estando, na situação humanitária”, afirmou.

    Veja também: Entenda o que é o grupo Jihad Islâmica

    Com informações da Reuters