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    Engenheiros demitidos após acusarem Elon Musk de sexismo processam SpaceX

    Profissionais buscam indenização e ordem para que empresa pare com conduta supostamente ilegal

    Daniel Wiessnerda Reuters

    A fabricante de foguetes SpaceX e seu presidente-executivo, Elon Musk, foram processados nesta quarta-feira (12) por oito engenheiros que dizem ter sido demitidos ilegalmente por levantarem preocupações sobre suposto assédio sexual e discriminação contra mulheres.

    Quatro mulheres e quatro homens afirmam que Musk ordenou suas demissões em 2022 depois que eles circularam uma carta chamando o bilionário de “distração e constrangimento”, pedindo que os executivos repudiassem os supostos comentários de teor sexual que ele havia feito nas redes sociais.

    A ação foi apresentada no tribunal estadual de Los Angeles.

    O processo alega que a conduta de Musk promoveu uma “cultura profundamente sexista” na SpaceX, onde, ainda segundo o documento, engenheiras são rotineiramente submetidas a assédio e comentários sexistas. Além disso, suas preocupações sobre a cultura do ambiente de trabalho seriam ignoradas.

    “Essas ações tiveram o resultado previsível e real de ofender, causar sofrimento e interferir no bem-estar dos demandantes, de modo a perturbar sua tranquilidade emocional no local de trabalho”, destacaram os autores no processo.

    A SpaceX não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas tem negado qualquer irregularidade, pontuando que a carta de 2022 foi disruptiva e que os trabalhadores foram devidamente demitidos por violarem as políticas da empresa.

    A ação movida nesta quarta-feira acusa Musk e a SpaceX de retaliação e demissão injusta em violação à lei da Califórnia, além de acusar a empresa de assédio sexual e discriminação de gênero.

    Os autores buscam indenizações compensatórias e punitivas não especificadas e uma ordem que proíba a SpaceX de continuar com sua suposta conduta ilegal.

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