Empresário é processado nos EUA por manter academia aberta
St. Louis, no Missouri, pede que estabelecimento deixe funcionar, forneça lista com todos que o frequentaram e pague exames de Covid-19 para essas pessoas
O condado de St. Louis, no estado norte-americano do Missouri, tenta obter uma ordem de restrição contra o proprietário de uma academia local que insiste em manter seu negócio aberto, contrariando uma ordem da administração local.
O proprietário da academia House of Pain, em Chesterfield, abriu as portas para os clientes, apesar da ordem do município para que negócios considerados não essenciais deixem de funcionar durante a pandemia do novo coronavírus.
Joe Corbett, dono da academia, disse que reabriu o local porque acredita que as academias são essenciais para o bem-estar geral das pessoas e para sua própria sobrevivência no atual momento da economia dos Estados Unidos.
“Estamos abrindo porque tentamos colocar comida na mesa de casa. Me parece que as pessoas que tomam as decisões não têm contato com a realidade, e todas continuam recebendo seus contracheques”, disse Corbett.
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O condado de St. Louis levou a empresa à Justiça e solicitou uma ordem de restrição temporária contra a House of Pain, tanto em Chesterfield quanto em Maryland Heights, onde tem outra sede.
De acordo com documentos enviados ao tribunal, o condado tem poder através da Constituição do Missouri para impor restrições de negócios e ordens de fechamento para a proteção da saúde de seus residentes.
O condado enviou um aviso no final de abril para a sede da empresa em Chesterfield e, depois, entregou outro um aviso em 6 de maio tanto em Chesterfield quanto em Maryland Heights. Em 7 de maio, o advogado da academia entrou em contato com o município e disse que Corbett pretende manter os negócios abertos.
O condado deu ao empresário até as 17h do dia 10 de maio para cumprir a ordem enfrentar as consequências legais. “Achamos que isso é um exagero e eles estão governando exagerando nas medidas”, disse Corbett.
De acordo com documentos do tribunal, o advogado de Corbett disse que a ordem para que o negócio continue fechado é “flagrantemente inconstitucional” e que os esforços do município para fazer Corbett cumpri-la constituíam “perseguição tirânica”.
Como parte do processo, o condado exige uma lista de todos que foram à academia e quer que Corbett pague para que todos eles sejam testados para Covid-19.