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    Emirates proíbe pagers e walkie-talkies em voos após ataques no Líbano

    Voos da companhia para o Líbano permanecerão suspensos até o dia 15 de outubro

    Maha El Dahanda Reuters

    A Emirates Airlines, de Dubai, proibiu os passageiros de carregarem pagers e walkie-talkies em seus voos, após os ataques do mês passado ao Hezbollah envolvendo explosões de dispositivos de comunicação.

    “Todos os passageiros que viajam para, de ou via Dubai estão proibidos de transportar pagers e walkie-talkies na bagagem despachada ou de mão”, disse a companhia aérea em um comunicado na sexta-feira (4).

    A companhia acrescentou que todos os itens proibidos encontrados serão confiscados pela polícia de Dubai como parte das medidas de segurança reforçadas.

    Nos ataques de setembro, milhares de pagers e e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah explodiram — ataques que foram amplamente atribuídos a Israel, mas que o país não reivindicou.

    A companhia aérea do Oriente Médio também anunciou que os voos para o Iraque e o Irã permanecerão suspensos até terça-feira (8), enquanto os serviços para a Jordânia serão retomados no domingo (6).

    Os voos para o Líbano permanecerão suspensos até 15 de outubro devido à escalada dos ataques israelenses contra o Hezbollah, apoiado pelo Irã, incluindo ofensivas perto do aeroporto de Beirute.

    Várias outras companhias aéreas também suspenderam os voos para Beirute e outros aeroportos da região em meio ao aumento das tensões.

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

    Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

    O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

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