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    Em novo acordo, UE garante quase metade das doses da vacina da Pfizer em 2021

    Medida pode elevar pedido do bloco para 600 milhões de doses; Pfizer e BioNtech divulgaram ter capacidade de produzir 1,3 bilhão de doses neste ano

    A União Europeia (UE) fechou um acordo com a Pfizer/BioNTech para comprar 300 milhões de doses adicionais de sua vacina contra o novo coronavírus, disse a chefe da Comissão Europeia nesta sexta-feira (8), em um movimento que pode dar à UE quase metade da produção global das empresas para 2021.

    A Pfizer disse que pode produzir até 1,3 bilhão de doses em todo o mundo este ano. O novo acordo com a UE se junta a outro pedido de 300 milhões de doses que o bloco fez para as duas empresas em novembro.

    “Agora concordamos com a BioNTech e a Pfizer para estender este contrato. Com o novo acordo, poderemos comprar um total de até 300 milhões de doses adicionais da vacina”, disse Ursula von der Leyen em entrevista coletiva.

    A Pfizer foi mais cautelosa. “Estamos em negociações com a Comissão Europeia sobre uma emenda ao nosso acordo de fornecimento existente para a Comirnaty, a vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19“, disse a farmacêutica em comunicado.

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    A medida permitiria que os governos da UE dobrassem seus pedidos da Pfizer para 600 milhões de doses, disse von der Leyen, enquanto o bloco de 27 nações corre para aumentar a vacinação de seus 450 milhões de habitantes. Cada receptor da vacina da Pfizer/BioNtech precisa de duas doses para desenvolver proteção máxima.

    Von der Leyen disse que 75 milhões das doses adicionais seriam entregues no segundo trimestre deste ano, e o restante até o final de 2021. A Pfizer disse que no total 500 milhões de doses estariam disponíveis para a UE até o final deste ano, e uma opção por outros 100 milhões poderia ser feita.

    Capacidade de produção

    O grande pedido da UE provavelmente exigirá uma expansão da capacidade de produção da Pfizer/BioNTech neste ano, uma vez que as empresas já negociaram com outras nações ricas grandes suprimentos em 2021.

    Eles cortaram pela metade, para 50 milhões de doses, sua produção em 2020, depois de enfrentar alguns empecilhos para garantir o fornecimento de insumos para vacinas.

    Autoridades europeias disseram que as empresas estão trabalhando para expandir a capacidade de produção na Europa.

    A Pfizer concordou em vender aos EUA até 600 milhões de doses, das quais 200 milhões já foram encomendadas. Outras 120 milhões de doses estão reservadas para o Japão neste ano e 40 milhões para o Reino Unido, segundo os acordos já divulgados pelas companhias.

    A Alemanha disse na segunda-feira (4) que havia fechado um acordo com a BioNtech para fornecer 30 milhões de doses adicionais em um acordo paralelo, embora o momento da entrega não esteja claro.

    O movimento do governo alemão, acordado em setembro, mas revelado apenas esta semana enquanto o governo enfrentava pressões, parece estar em contraste com os acordos da UE que proíbem os membros de negociar acordos paralelos com fabricantes de vacinas.

    “Nenhum Estado-membro nesta base legal vinculativa está autorizado a negociar em paralelo ou a ter um contrato em paralelo”, disse von der Leyen.

    O novo acordo da UE inclui um possível pedido imediato de 200 milhões de doses e uma opção adicional para comprar outros 100 milhões, disse a Comissão.

    As doses são geralmente compartilhadas entre os estados da UE em proporção à sua população, mas não está claro se todos os governos farão pedidos com base no novo contrato.

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