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    Em meio a tensão, ao menos 30 países pedem para cidadãos deixarem Ucrânia

    Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone neste sábado (12) diante de alertas urgentes para invasão russa

    Soldados ucranianos em exercício militar em Chernobyl, local do pior acidente nuclear da história; veja imagens dos treinamentos, que acontecem em meio ao aumento de tensão com a Rússia
    Soldados ucranianos em exercício militar em Chernobyl, local do pior acidente nuclear da história; veja imagens dos treinamentos, que acontecem em meio ao aumento de tensão com a Rússia Volodymyr Tarasov/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

    Giulia AlecrimHenrique AndradeLéo LopesDanilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    Em meio à crescente tensão na fronteira entre Rússia e Ucrânia e a ameaça iminente de invasão em larga escala, 30 países já pediram para seus cidadãos deixarem o território ucraniano.

    Estados Unidos, Reino Unido, Estônia, Israel, Letônia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Lituânia, Kuwait, Jordânia, Suécia, Iraque, Arábia Saudita, Turquia, Espanha, Itália, Portugal, Dinamarca, Chipre, Grécia, Eslováquia, Romênia, Sérvia, Montenegro e Kosovo, por meio de suas embaixadas ou ministérios de Relações Exteriores, aconselharam as pessoas a deixarem a Ucrânia o “quanto antes possível”.

    O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse neste domingo (13) que os EUA acreditam que a Rússia invadir a Ucrânia esta semana, mas ainda espera que a diplomacia possa prevalecer.

    Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, realizaram uma ligação telefônica, neste sábado (12). Biden alertou a Putin que os Estados Unidos e seus aliados responderão “decisivamente e imporão consequências rápidas e severas” à Rússia caso Putin decida invadir a Ucrânia.

    O assessor presidencial russo Yury Ushakov descreveu o telefonema realizado neste sábado (12) entre os presidentes como “equilibrado e profissional”, mas disse que os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não conseguiram abordar as principais preocupações de segurança da Rússia.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversaram por telefone neste domingo (13). Os dois líderes “concordaram sobre a importância de continuar a buscar diplomacia e dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia nas fronteiras da Ucrânia”, segundo comunicado da Casa Branca.

    Estados Unidos

    Nesta sexta-feira (11), o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, pediu para que todos americanos deixem a Ucrânia o quanto antes.

    Ele alertou que a invasão russa pode ser iniciada em breve, começando com bombardeamento aéreo e ataques com mísseis.

    “Obviamente, não podemos prever o futuro, não sabemos exatamente o que vai acontecer. Mas o risco agora é alto o suficiente e a ameaça agora é imediata o suficiente para que seja isso que a prudência exige”, disse Sullivan.

    Reino Unido

    Também nesta sexta (11), o governo britânico aconselhou seus cidadãos a deixarem a Ucrânia neste momento, enquanto os meios comerciais ainda estão disponíveis.

    O Reino Unido também desaconselhou qualquer viagem ao país.

    Alemanha

    A Alemanha pediu para seus cidadãos, neste sábado (12), que deixem a Ucrânia, a não ser que a permanência seja absolutamente necessária.

    “Os alemães que estão lá são instados a considerar deixar o país”, disse o Ministério das Relações Exteriores no Twitter.

    Japão

    Nesta sexta (11), o Ministério das Relações Exteriores do Japão emitiu um comunicado pedindo aos cidadãos japoneses na Ucrânia para que saiam imediatamente do país.

    Há cerca de 150 japoneses na Ucrânia, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores à Reuters.

    Coreia do Sul

    O governo sul-coreano elevou seu nível de alerta de viagem para a Ucrânia para 4, o nível mais alto.

    Dessa forma, foram proibidas viagens para a Ucrânia e foi ordenada a evacuação de seus cidadãos, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul publicado na sexta-feira (11).

    O ministério disse que o alerta de nível 4 entra em vigor no sábado às 17h, no horário da Ucrânia.

    Até sexta-feira (11), havia um total de 341 cidadãos sul-coreanos na Ucrânia.

    Noruega

    A Noruega aconselhou todos os seus cidadãos, nesta sexta-feira (11), para que deixem a Ucrânia e que abram mão de viajar para regiões próximas da Rússia e de Belarus, citando a tensa situação de segurança e o aumento militar na região.

    Holanda

    Todos os cidadãos holandeses na Ucrânia foram aconselhados, na sexta (11), a deixar a Ucrânia o mais rápido possível, devido a preocupações com a segurança.

    Israel

    Ainda na sexta (11), Israel disse que está retirando parentes de funcionários de sua embaixada em Kiev, na Ucrânia, citando um “agravamento da situação” em uma aparente referência à crise entre Ucrânia e Rússia.

    Austrália

    Cidadãos australianos na Ucrânia devem deixar o país o mais rápido possível, pois a situação é cada vez mais perigosa, disse o primeiro-ministro Scott Morrison neste sábado (12).

    “Nosso conselho é claro, esta é uma situação perigosa. […] Você deve tentar sair da Ucrânia”, disse Morrison em uma coletiva de imprensa.

    Nova Zelândia

    O Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia pediu, neste sábado (12), que todos os neozelandeses na Ucrânia saíssem imediatamente do país em resposta ao aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia.

    “A Nova Zelândia não tem representação diplomática na Ucrânia e a capacidade do governo de fornecer assistência consular aos neozelandeses na Ucrânia é, portanto, muito limitada”, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

    “A situação de segurança na Ucrânia pode mudar a curto prazo e os neozelandeses não devem contar com apoio para retirada do país nessas circunstâncias”, completou.

    Estônia

    O Ministério das Relações Exteriores da Estônia aconselhou os cidadãos a retornarem da Ucrânia e evitarem viagens não essenciais ao país, citando em comunicado “um risco aumentado de ação militar da Rússia”.

    Letônia

    A Letônia pediu, nesta sexta-feira (11), que seus cidadãos deixem a Ucrânia, citando em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores o que chamou de “uma séria ameaça à segurança representada pela Rússia perto da fronteira ucraniana e uma ameaça crível de escalada”.

    Lituânia

    A Lituânia disse, neste sábado (12), que seus cidadãos na Ucrânia devem “avaliar se a presença no país é necessária”.

    A embaixada da Lituânia na Ucrânia continuará desempenhando suas funções, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

    Kuwait

    O Kuwait também pediu, neste sábado (12), que seus cidadãos na Ucrânia deixem o país, em meio ao aumento das tensões entre Kiev e Moscou.

    O Ministério das Relações Exteriores do Kuwait também disse que os cidadãos devem adiar quaisquer planos de visitar a Ucrânia.

    Jordânia

    A Jordânia pediu no sábado que seus cidadãos deixem a Ucrânia à luz dos “desenvolvimentos atuais”, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

    Também pediu aos cidadãos que adiem quaisquer planos de visitar o país.

    Suécia

    Cidadãos suecos devem deixar a Ucrânia o mais rápido possível, devido à “mudança na situação de segurança”, disse o governo neste sábado.

    Cerca de 200 a 300 suecos estão na Ucrânia, de acordo com a embaixada da Suécia em Kiev.

    Iraque

    O Ministério das Relações Exteriores do Iraque também aconselhou os cidadãos iraquianos na Ucrânia a evacuar o país imediatamente, informou a agência de notícias estatal iraquiana no sábado.

    Arábia Saudita

    A Embaixada da Arábia Saudita na Ucrânia instou seus cidadãos a entrar em contato com a embaixada imediatamente para facilitar sua evacuação, de acordo com um tweet de sua conta oficial.

    Turquia

    A Turquia aconselhou seus cidadãos a não viajarem para o leste da Ucrânia, já que os temores de uma possível invasão russa aumentaram.

    O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse neste sábado no Twitter que está “monitorando muito de perto a situação de segurança na Ucrânia”.

    “A esse respeito, recomendamos que nossos cidadãos evitem viajar para as regiões da fronteira oriental da Ucrânia, a menos que precisem”, disse o ministério.

    Espanha

    O Ministério das Relações Exteriores da Espanha atualizou suas orientações de viagem neste sábado para desaconselhar viagens à Ucrânia e pediu aos cidadãos do país que “considerassem seriamente” sair.

    “Devido à volatilidade da situação de segurança, aconselhamos não viajar para a Ucrânia”, disse o ministério em uma atualização em seu site.

    “Aconselhamos todos os cidadãos espanhóis que estão no país a considerar seriamente a opção de sair temporariamente através das opções comerciais disponíveis (voos) enquanto a situação atual persistir”, disse a orientação.

    Itália

    O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, pediu neste sábado (12) que os cidadãos italianos deixem temporariamente a Ucrânia devido à situação de segurança e pediu que quaisquer viagens não essenciais ao país sejam adiadas.

    Di Maio acrescentou que o ministério decidiu chamar de volta todos os funcionários não essenciais em sua embaixada em Kiev, acrescentando, no entanto, que o escritório diplomático permanecerá totalmente operacional.

    Portugal

    De acordo com a CNN Portugal, o consulado e a embaixada de Portugal na Ucrânia recomendaram aos 240 portugueses que lá residem para que deixem o país temporariamente, caso não tenham motivo essencial para ficar.

    Dinamarca

    A Dinamarca aconselhou os cidadãos dinamarqueses a deixar a Ucrânia, na última sexta-feira, à luz da “séria situação de segurança” dentro e ao redor do país, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

    Chipre

    O Ministério das Relações Exteriores de Chipre emitiu orientações, neste sábado (12), aconselhando seus cidadãos a deixar a Ucrânia, especialmente “se sua presença no país não for necessária”.

    Grécia

    O Ministério das Relações Exteriores da Grécia emitiu um comunicado nesta segunda-feira (14) pedindo aos cidadãos gregos na Ucrânia que saiam “imediatamente”.

    Eslováquia

    No sábado (12), a Eslováquia recomendou que seus cidadãos evitem viajar para a vizinha Ucrânia e está retirando familiares de diplomatas de sua embaixada em Kiev e de um consulado na cidade ocidental de Uzhhorod, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país.

    Romênia

    O Ministério das Relações Exteriores da Romênia (MFA) comunicou nesta sábado (12) que o repatriamento voluntário de familiares do pessoal diplomático e consular das missões diplomáticas e consulares romenas na Ucrânia foi concluído. Ao mesmo tempo, o MFA decidiu retirar funcionários diplomáticos e consulares não essenciais da missão diplomática e de alguns escritórios consulares na Ucrânia.

    O órgão também recomendou fortemente aos cidadãos romenos que evitem qualquer viagem à Ucrânia e prestem atenção especial, além de pedir aos cidadãos romenos que reavaliem a necessidade de permanecer no território ucraniano.

    Sérvia

    No domingo (13), o Ministério das Relações Exteriores sérvio emitiu um comunicado recomendando aos cidadãos da República da Sérvia que se encontram atualmente na Ucrânia que considerem a possibilidade de deixar temporariamente o território.

    “Também recomendamos que os cidadãos da República da Sérvia que planejam viajar para a Ucrânia considerem adiar a viagem”, disse o ministério.

    Montenegro

    Na sexta-feira (11), o Ministérios das Relações Exteriores de Montenegro disse que “devido às crescentes tensões e a uma situação de segurança imprevisível, o Ministério das Relações Exteriores está informando os cidadãos montenegrinos residentes na Ucrânia para considerar a possibilidade de deixar temporariamente o território daquele país”.

    Kosovo

    O governo de Kosovo, no domingo (13), disse que a possibilidade de um conflito armado na Ucrânia não pode mais ser descartada e pediu aos cidadãos do país que “deixem a Ucrânia o mais rápido possível”.