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    Em meio a discórdias, Papa impulsiona comissão contra abusos sexuais

    Um dos membros da instituição, o padre Hans Zollner, renunciou ao cargo no final de março, alegando falta de transparência nas atividades; pontífice diz estar satisfeito com resultados 

    Philip Pullellada Reuters , Cidade do Vaticano

    O papa Francisco elogiou nesta sexta-feira (5) o trabalho de uma comissão internacional do Vaticano sobre prevenção de abusos sexuais, após a recente renúncia de um membro de alto perfil que a acusou de falta de transparência.

    Em um discurso para uma sessão plenária da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, Francisco não fez referência ou alusão às acusações do padre Hans Zollner, que renunciou em 29 de março, citando preocupações sobre a forma como o órgão estava operando.

    Zollner, um especialista em prevenção de abusos de renome mundial, denunciou práticas de contratação pouco claras, um relacionamento indefinido com o escritório de doutrina do Vaticano e responsabilidade financeira e de tomada de decisão “inadequada”.

    Dirigindo-se à comissão, cujos membros foram renovados e ampliados no ano passado, Francisco disse estar satisfeito com um acordo recente entre a comissão e um departamento do Vaticano que supervisiona o trabalho em países pobres, onde a prevenção de abusos sexuais costuma ser prejudicada pela falta de financiamento.

    Ele pediu que os membros “não fiquem atolados”, “perseverem e sigam em frente”, acrescentando: “Vocês já fizeram muito nestes primeiros seis meses”.

    O cardeal Sean O’Malley, de Boston, presidente da comissão, emitiu um comunicado na época das acusações de Zollner, dizendo que estava “surpreso e discordava veementemente”.

    A comissão foi fundada em 2014 e é composta por especialistas em prevenção de abusos com mandato para aconselhar o papa e implementar as melhores práticas de proteção em igrejas locais em todo o mundo.

    Escândalos de abuso destruíram a reputação da Igreja Católica e têm sido um grande desafio para o papa, que aprovou uma série de medidas nos últimos 10 anos com o objetivo de responsabilizar mais a hierarquia da Igreja, com resultados mistos.

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