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    Em estado delicado, 120 pacientes não deixarão hospital de Gaza após ordem de evacuação, diz médico

    Equipe do hospital alega ter recebido ordem de evacuação; Forças de Defesa de Israel negam

    Jomana KaradshehSarah SirganyXiaofei Xuda CNN

    Seis médicos ficarão para trás para cuidar de 120 pacientes que não podem se mover devido às más condições de saúde no hospital Al-Shifa de Gaza, segundo disse o chefe de cirurgia plástica da instalação, Ahmed El Mokhallalati, neste sábado (18).

    Outros médicos saíram do local após uma ordem de evacuação.

    “A maior parte da equipe médica havia deixado o hospital Al-Shifa, pois o exército de ocupação israelense ordenou que todos evacuassem o hospital. Muitos pacientes não podem sair do hospital porque estão nos leitos de UTI ou nas incubadoras de bebês”, escreveu ele nas redes sociais.

    “Pedimos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e à Organização Mundial da Saúde (OMS) que tomem medidas para proteger a equipe médica e os pacientes do hospital Al-Shifa”, acrescentou Mokhallalati.

    https://twitter.com/amokhallalati/status/1725802668625383887

    O exército israelense negou anteriormente ter ordenado a evacuação.

    Centenas de pessoas deixaram o hospital a pé, segundo um jornalista da AFP presente no local.

    O destino não era claro, mas muitos — incluindo pacientes doentes e feridos, profissionais médicos e civis anteriormente deslocados — pareciam estar se dirigindo para a orla marítima, conforme informou a AFP. A CNN não conseguiu confirmar o número de pessoas que deixaram as instalações.

    Evacuar um hospital em uma zona de guerra ativa é “uma operação extremamente complexa e logisticamente desafiadora” e a equipe no terreno carece de combustível, veículos, incubadoras e outros recursos médicos, disse a porta-voz do Cruz Vermelha, Ala’a Nayel, à CNN neste sábado.

    “É de partir o coração ver os mais vulneráveis ​​suportarem o peso do conflito”, disse Nayel.

    Exército de Israel divulga imagens de supostos equipamentos do Hamas dentro do hospital Al-Shifa

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    Não há confirmação sobre o que motivou o êxodo em massa do maior hospital de Gaza na manhã deste sábado. Milhares de civis deslocados estavam abrigados no complexo médico em condições cada vez mais terríveis.

    O hospital se tornou um campo de batalha na quarta-feira (15), quando tropas israelenses invadiram as instalações numa operação contra o grupo radical islâmico Hamas. Israel afirma que o grupo opera um centro de comando subterrâneo abaixo do complexo — uma alegação que tanto o Hamas como os funcionários do hospital negaram. A CNN não conseguiu verificar as alegações de Israel ou do Hamas.

    No início do sábado, surgiram relatos conflitantes sobre o pedido de evacuação de Al-Shifa. Vários médicos disseram que foram ordenados a sair pelos militares israelenses, e um deles disse que o diretor do hospital recebeu um telefonema especificando que os indivíduos em fuga deveriam agitar bandeiras brancas ou lenços ao partirem. No entanto, os militares israelenses contestaram a emissão de tal ordem.

    Veja também: Israel confirma ataques contra a Síria

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