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    Em carta aberta, primeira-dama da Ucrânia condena morte de crianças na guerra

    Olena Zelenska publicou declaração em rede social classificando a invasão russa como "assassinato em massa de civis ucranianos"

    Primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska
    Primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska Foto: Anna Moneymaker/Getty Images

    Tim Listerda CNN

    A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, publicou uma carta aberta em sua página do Facebook nesta terça-feira (8) refletindo sobre o que aconteceu com a Ucrânia nas últimas duas semanas desde a invasão russa.

    “Apesar das garantias dos meios de propaganda apoiados pelo Kremlin, que chamam isso de ‘operação especial’ — é, de fato, o assassinato em massa de civis ucranianos”, disse Zelenska.

    Na longa e sentimental carta, ela acrescentou: “Talvez o mais aterrorizante e devastador desta invasão sejam as vítimas infantis. Alice, de oito anos, que morreu nas ruas de Okhtyrka enquanto seu avô tentava protegê-la. Ou Polina, de Kiev, que morreu no bombardeio com seus pais. Arseniy, de 14 anos, foi atingida na cabeça por destroços e não pôde ser salva porque uma ambulância não conseguiu chegar a tempo por causa dos intensos incêndios”.

    “Os primeiros recém-nascidos da guerra viram o teto de concreto do porão e tiveram o primeiro suspiro no ar do subsolo, e foram recebidos por uma comunidade presa e aterrorizada. Neste ponto, existem várias dezenas de crianças que não sabem o que é ter paz em suas vidas”, escreveu ela.

    A primeira-dama ucraniana também discutiu os desafios de obter cuidados médicos essenciais, bem como a crescente onda de refugiados.

    Ela disse que o presidente russo, Vladimir Putin, subestimou a resistência dos ucranianos.

    “Enquanto os propagandistas do Kremlin se gabavam de que os ucranianos os receberiam com flores como salvadores, eles foram evitados com coquetéis molotov“, escreveu ela.

    Zelenska também agradeceu a pessoas de todo o mundo por apoiarem seu país.

    E ela ecoou as exigências de seu marido por uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. “Feche o céu e nós mesmos administraremos a guerra no terreno”, disse ela.

    Ela concluiu: “Eu testemunho e digo ao mundo: a guerra na Ucrânia não é uma guerra ‘em algum lugar lá fora’. Essa é uma guerra na Europa, perto das fronteiras da União Europeia. A Ucrânia está parando a força que pode entrar agressivamente em suas cidades amanhã sob o pretexto de salvar civis”.

    “Se não pararmos Putin, que ameaça iniciar uma guerra nuclear, não haverá lugar seguro no mundo para nenhum de nós”, concluiu a primeira-dama ucraniana.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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