Eletricidade em Lviv é restaurada após ataque russo a usinas, diz prefeitura
Autoridades ucranianas afirmam que foram cerca de 19 mísseis disparados a partir do Mar Cáspio com alvos diversos no oeste do país
A eletricidade em Lviv foi “completamente restaurada” após ataques com mísseis na noite de terça-feira (3), disse o vice-prefeito da cidade, Serhiy Kiral, à CNN na quarta-feira (4).
Kiral disse que três mísseis de cruzeiro atingiram três usinas de energia em Lviv na terça-feira (3), deixando-as “muito danificadas”. Dois outros mísseis que atingiram o oeste da Ucrânia e a região de Lviv “foram derrubados” pelo sistema de defesa aérea, acrescentou Kiral. Outro atingiu a região Transcarpática.
No total, houve “18 ou 19” ataques de mísseis de cruzeiro “disparados do Mar Cáspio pelos bombardeiros estratégicos russos” na direção da Ucrânia, disse ele, “provavelmente Tu-295 ou Tu-160.”
“Também houve interrupções em nossas estações de bombeamento, que estão abastecendo a cidade com água”, disse Kiral.
“Isso é interessante porque, de fato, o abastecimento de água não foi interrompido e isso é resultado de alguns dos planos de contingência para a resiliência da cidade que tínhamos antes da guerra”, acrescentou.
“Compramos os geradores a diesel, e esses geradores a diesel ontem ajudaram a continuar a fornecer água não só aos cidadãos, mas também aos bombeiros, que tentavam apagar o fogo”, disse Kiral.
Os militares ucranianos disseram que os ataques com mísseis russos na noite de terça-feira foram projetados para destruir a infraestrutura de transporte.
Mísseis de cruzeiro atingiram pelo menos meia dúzia de alvos no centro e oeste da Ucrânia, no que parece ter sido uma tentativa de dificultar o trânsito de equipamentos e suprimentos militares. O sistema ferroviário ucraniano informou que mais de 40 trens foram atrasados após os ataques.
Kiral disse não acreditar que os ataques à infraestrutura afetariam os suprimentos do oeste.
“Mas pode afetar as exportações das commodities ucranianas, o que é muito crítico nestas épocas do ano porque precisamos retirar mais de 5 milhões de toneladas de grãos para estarmos prontos para a nova safra”, disse.