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    Eleições nos EUA refletem divisão existente no país, comentam especialistas

    À CNN, Rubens Barbosa e Leonardo Trevisan analisaram votação que renovará Congresso dos Estados Unidos

    Ester Cassaviada CNN*Ludmila CandalRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    As eleições para renovar o Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira (8) refletem a divisão existente no país entre democratas e republicanos, segundo avaliação de especialistas ouvidos pela CNN.

    “Divisão muito profunda, que foi acentuada nestes últimos meses pela situação da economia, pela guerra da Ucrânia. Tudo isso deixa a sociedade americana em uma grande incerteza”, analisou o ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa.

    O professor de Relações Internacionais Leonardo Trevisan concorda com a avaliação, mas reflete também sobre a possível ascensão dos apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

    Segundo ele, a população dos EUA está “especialmente polarizada, como as pesquisas todas sinalizam, mas, de alguma forma, eles sinalizam também que há uma espécie de sombra sobre os dois anos finais do governo Biden. Essa sombra todos sabem: é a ressurreição, a volta do trumpismo”.

    Na Câmara, onde os deputados cumprem mandatos de dois anos, todos os 435 assentos estão sendo disputados. Já no Senado, são 100 assentos ao todo e 35 estão em disputa.

    As pesquisas indicam uma estreita margem na Câmara, com possibilidade de os membros do Partido Republicanos conquistarem a maioria dos assentos. No Senado, os estados da Pensilvânia, Arizona, Nevada e Geórgia serão decisivos, dadas as disputas acirradas nestes locais.

    Além da eleição nas casas legislativas, Trevisan apontou para outros cargos em disputa. “Se nós olharmos com alguma calma o que está acontecendo nos Estados Unidos, nós estamos vendo que todas as atenções estão voltadas, claro, para o Congresso, sem nós nos atentarmos, e é o que preocupa Biden, que 30 cargos de procurador-geral de Estado e 27 cargos de secretário-geral de Estado estão sendo eleitos agora. Todos eles com com candidatos trumpistas muito bem acionados pelo recurso que Trump tem financeiro”, explicou.

    Relação Brasil X EUA

    O ex-embaixador Rubens Barbosa também avaliou as consequências da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a relação entre o Brasil e os Estados Unidos.

    “A relação entre os dois presidentes vai melhorar muito, porque o presidente Bolsonaro tinha uma boa relação com o Trump, mas deixou de ter uma relação com o Biden. Agora não. Agora haverá um entendimento inicial entre os dois governos”, afirmou.

    *Sob supervisão de Thiago Félix