Trump tenta usar decisão sobre imunidade para atrasar caso de documentos confidenciais
Defesa tenta argumentar que caso é motivado politicamente
Os advogados de Donald Trump querem usar a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre imunidade presidencial para ajudá-lo no caso criminal em que ele é investigado por suposto manuseio incorreto de documentos confidenciais.
Em um novo processo nesta sexta-feira (5), a equipe de Trump disse que quer um cronograma atualizado no caso de documentos confidenciais federais para que possam argumentar pontos relacionados à decisão da Suprema Corte.
A medida provavelmente prolongará ainda mais um caminho já complicado e lento para o julgamento no tribunal de Cannon em Fort Pierce, Flórida. A juíza ainda precisa decidir uma série de questões pré-julgamento, incluindo algumas moções que estão definhando em sua pauta há meses.
Segundo os representantes do ex-presidente, a decisão “destrói a posição do gabinete de que o presidente Trump não tem ‘imunidade’ e demonstra ainda mais a natureza politicamente motivada de sua alegação de que a moção é ‘frívola'”.
A decisão da Suprema Corte se aplica diretamente ao caso federal sobre supostos esforços de subversão eleitoral das eleições de 2020 que Trump enfrenta, mas pode impactar todos os quatro processos criminais contra o ex-presidente.
No documento desta sexta, os advogados do republicano também observaram a concordância do juiz Clarence Thomas com a decisão, questionando a validade da nomeação do Conselheiro Especial Jack Smith.
Eles argumentam que o entendimento de Thomas “dá força” aos recursos que Trump apresentou contra a maneira que Smith foi nomeado e financiado.
A CNN relatou anteriormente que a equipe jurídica de Trump planejava usar a opinião da Suprema Corte para tentar fazer com que as principais evidências no caso de documentos confidenciais fossem descartadas.