Pequena diferença entre Kamala e Trump nas pesquisas deixa eleição em aberto, diz especialista à CNN
Clifford Young diz que essa situação amplifica a importância de cada movimento dos candidatos e de eventos externos que possam influenciar a opinião pública
A corrida presidencial nos Estados Unidos está se mostrando extremamente acirrada, com as pesquisas de intenção de voto indicando uma diferença mínima entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.
Essa proximidade nas pesquisas tem deixado analistas políticos em alerta, sugerindo que a eleição ainda está longe de ser decidida.
Clifford Young, presidente do Ipsos nos Estados Unidos, em entrevista ao WW desta terça-feira (15), destacou a volatilidade do cenário eleitoral atual.
Segundo o especialista, a pequena margem entre os candidatos torna a disputa altamente imprevisível, com potencial para mudanças significativas até o dia da votação.
O fator “October Surprise”
Tradicionalmente, as eleições americanas são marcadas pelo fenômeno conhecido como “October Surprise” – eventos inesperados que ocorrem próximo à eleição e podem influenciar o resultado final.
Young, no entanto, pondera sobre o impacto desse fator no atual cenário: “Uma surpresa é uma surpresa, ou seja, não se pode prever o que vai ser. Claro que um grande evento negativo ou positivo para um lado ou para o outro poderia ter um efeito”, afirmou o especialista.
Ele ressalta, contudo, que dada a estreita margem entre Trump e Harris, mesmo um evento aparentemente menor poderia ter consequências significativas.
Cenário de empate técnico
A análise de Young destaca o quão delicado é o equilíbrio atual nas pesquisas: “Tem que pensar que a diferença entre Trump e Harris é muito, muito pequena, um ponto aqui, meio ponto ali”.
Esta situação de virtual empate técnico amplifica a importância de cada movimento dos candidatos e de eventos externos que possam influenciar a opinião pública.
O especialista adverte contra o “pensamento mágico” de que nenhum evento poderia alterar o quadro atual. Ele argumenta que, justamente devido à proximidade dos números, qualquer oscilação, por menor que seja, pode ser decisiva para o resultado final da eleição.