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    Novos detalhes sobre ataque a Trump revelam que atirador disparou oito vezes

    Christopher Paris, comissário da Polícia Estadual da Pensilvânia, depôs em audiência à Câmara

    Holmes LybrandHannah Rabinowitzda CNN

    Christopher Paris, comissário da Polícia Estadual da Pensilvânia, revelou durante uma audiência de Segurança Interna da Câmara na terça-feira (23) novos detalhes impressionantes sobre as falhas de segurança que levaram ao quase assassinato de Donald Trump, levantando mais perguntas para o Serviço Secreto dos Estados Unidos.

    O depoimento de Paris ocorre um dia após a então diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, testemunhar perante o Comitê de Supervisão da Câmara e se recusar amplamente a responder perguntas sobre o ataque a tiros no comício do ex-presidente na Pensilvânia.

    Paris contou aos legisladores sobre as comunicações entre o Serviço Secreto e a polícia local que inicialmente avistou Thomas Matthew Crooks, o suposto assassino. Ele também descreveu uma linha do tempo mais detalhada desde quando os policiais avistaram Crooks pela primeira vez na multidão até quando o jovem de 20 anos abriu fogo contra Trump.

    Oficiais deixaram o posto para procurar Crooks

    Dois policiais locais deixaram seus postos com vista para o telhado onde Crooks mirou no ex-presidente antes de disparar tiros, testemunhou Paris.

    Paris disse que dois policiais da Unidade de Serviços de Emergência (ESU) do Condado de Butler deixaram seus postos no prédio para procurar um indivíduo suspeito que avistaram primeiro e alertaram outras autoridades. Essa pessoa era Crooks.

    Os legisladores assistiram ao vídeo feito durante um tour do Congresso no local do comício na segunda-feira (22), do prédio onde os policiais da ESU deixaram seu posto, mostrando o telhado onde Crooks finalmente subiu e atirou em Trump.

    “Então você está dizendo, até onde sabe, que aqueles policiais da ESU deixaram o local onde podiam olhar pela janela para ir em busca dessa pessoa?”, perguntou o deputado republicano Dan Bishop da Carolina do Norte.

    “É o que eu entendo”, disse Paris, acrescentando que os policiais foram procurar com outros policiais locais na área. “Não quero estabelecer um cronograma minuto a minuto porque ainda não temos isso.”

    Bishop também questionou se os dois policiais que deixaram seus postos poderiam ter visto Crooks subir no telhado se tivessem ficado parados. Paris disse que não sabia.

    Crooks atirou oito vezes

    Os investigadores acreditam que Crooks disparou oito tiros antes de ser morto por atiradores de elite, disse Paris.

    “Acredito que o número seja oito”, disse Paris ao comitê. “Oito cápsulas foram recuperadas.”

    As autoridades haviam confirmado anteriormente apenas que o atirador disparou várias vezes no comício no início deste mês.

    Paris também disse aos membros do Congresso que “vários agentes do Serviço Secreto” disseram ao comandante da polícia estadual durante uma vistoria na área antes do comício que a Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Butler era responsável por proteger o prédio onde Crooks disparou os tiros.

    Minutos no telhado

    Um policial local ficou cara a cara com Crooks durante os vários minutos em que o suposto assassino estava no telhado antes de Crooks atirar em Trump, testemunhou Paris.

    Paris disse que o breve confronto ocorreu quando dois policiais locais que souberam da posição de Crooks no telhado tentaram subir e confrontar o atirador. Mas enquanto o policial estava “pendurado” no telhado, Crooks apontou seu rifle para o ele e o policial caiu.

    Paris disse aos legisladores que Crooks ficou no telhado por cerca de três minutos, mas apenas alguns segundos se passaram entre o momento em que o policial o confrontou e o momento em que ele atirou em Trump, corrigindo um intervalo de tempo que ele deu anteriormente na audiência.

    “Quando um policial local içou o outro e, subsequentemente, caiu”, disse Paris, Crooks estava “já, acredito, perto de estar em sua posição final ali. E me disseram que é – novamente, sequência de eventos, não uma linha do tempo com base nos critérios anteriores estabelecidos – mas segundos depois disso é quando os primeiros tiros soaram.”

    Paris disse que se, ou quando, o confronto foi retransmitido ao Serviço Secreto ou outras agências de aplicação da lei no comício “continua sob investigação”.

    Comunicações entre o Serviço Secreto e a polícia local

    Paris também detalhou as comunicações entre as autoridades sobre Crooks antes de Trump subir ao palco no comício no início deste mês.

    De acordo com Paris, “havia uma corrente de mensagens” com membros da Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Butler, alguns dos quais inicialmente avistaram Crooks e o relataram como um indivíduo suspeito.

    “Em algum momento, quando ele utilizou o telêmetro, a suspeita aumentou”, disse Paris sobre Crooks.

    A Polícia Estadual então recebeu uma ligação e uma mensagem de texto da ESU sobre a atividade de Crooks que eles imediatamente repassaram ao Serviço Secreto. As autoridades locais, estaduais e federais estavam em um posto de comando unificado no comício.

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