Militares aposentados defendem Kamala e criticam Trump por retirada do Afeganistão
Grupo de oficiais aposentados emitiram uma carta sobre erros cometidos na saída dos EUA do Afeganistão
Vários oficiais militares aposentados emitiram uma carta em apoio à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, enquanto os republicanos tentam vinculá-la à retirada dos EUA do Afeganistão em 2021.
“A vice-presidente Kamala Harris é a melhor — e única — candidata presidencial nesta corrida que está apta a servir como nossa comandante chefe. Ela demonstrou sua capacidade de enfrentar os desafios de segurança nacional mais difíceis na Sala de Situação e no cenário internacional”, escreveu o grupo em uma carta do Líderes de Segurança Nacional para a América.
Os ex-líderes explicaram em sua carta que Kamala demonstrou capacidade de enfrentar os desafios de segurança nacional “desde reunir nossos aliados contra a invasão brutal da Ucrânia pela Rússia até ficar ombro a ombro com nossos aliados no Indo-Pacífico contra as ações provocativas da China e promover a liderança dos EUA no espaço e na inteligência artificial”.
A carta é divulgada enquanto republicanos e democratas da Câmara emitiam documentos conflitantes culpando os erros cometidos na saída dos EUA do Afeganistão. O relatório republicano cita Kamala como tendo trabalhado “em sintonia com o presidente Biden nos bastidores para retirar todas as tropas dos EUA”. Ele também visa implicar a vice-presidente em suas acusações ao se referir ao governo atual como “o governo Biden-Harris”.
Generais criticam Trump
O grupo de generais aposentados culpou o ex-presidente Donald Trump por “colocar os militares em perigo” enquanto ele estava no cargo e argumentou que ele não deixou o governo Biden em posição de executar uma retirada de forma eficiente.
“Sem envolver o governo afegão, ele e seu governo negociaram um acordo com o Talibã que libertou 5 mil combatentes do grupo e permitiu que eles retornassem ao campo de batalha”, afirmava a carta.
Os militares aposentados também acusaram Trump de deixar o presidente Joe Biden e Kamala “sem planos de executar uma retirada e com pouco tempo para fazê-lo. Essa abordagem caótica prejudicou severamente a capacidade do governo Biden-Harris de executar a retirada mais ordenada possível e colocou nossos militares e aliados em risco”.