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    Juiz de NY nega pedido da defesa de Trump para adiar caso de suborno

    Primeira sessão sobre o caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels será em 15 de abril

    Stormy Daniels, a estrela pornô que está no centro do processo criminal contra Donald Trump
    Stormy Daniels, a estrela pornô que está no centro do processo criminal contra Donald Trump 16/04/2018REUTERS/Brendan McDermid

    Luc Cohenda Reuters

    Um juiz de Nova York negou nesta quarta-feira (3) a tentativa de Donald Trump de adiar seu julgamento, previsto para ter início em 15 de abril, por acusações relacionadas ao pagamento pelo silêncio de uma estrela pornô, até que a Suprema Corte analise sua alegação de imunidade presidencial em outro caso criminal.

    A audiência para que os juízes da Suprema Corte ouçam os argumentos dos advogados do ex-presidente americano de que ele estaria imune a processos federais será em 25 de abril. Entre os casos, está a tentativa de Trump de reverter o resultado da eleição de 2020, em que perdeu para Joe Biden.

    Em março, a defesa do republicano pediu que o juiz Juan Merchan adiasse o julgamento até que o parecer da Suprema Corte fosse concluído, argumentando que isso é relevante porque os promotores pretendem apresentar evidências de declarações feitas por Trump quando ele era presidente, entre 2017 e 2021.

    Em uma decisão judicial nesta quarta-feira, Merchan afirmou que Trump demorou demais para levantar a questão.

    “O réu teve uma série de oportunidades de apresentar a alegação de imunidade presidencial muito antes de 7 de março de 2024”, escreveu Merchan.

    Todd Blanche, um advogado de Trump, se recusou a comentar.

    Trump, o candidato republicano que desafiará Biden na eleição de 5 de novembro, se declarou inocente em todos os seus quatro indiciamentos criminais.

    O caso de Nova York pode ser o único a ir a julgamento antes da eleição.

    Ele é acusado de ter falsificado registros comerciais para acobertar o pagamento de 130 mil dólares feito pelo seu ex-advogado Michael Cohen para a estrela pornô Stormy Daniels pelo seu silêncio antes da eleição de 2016, sobre um encontro sexual que ela afirma ter tido com Trump em 2006.

    O republicano nega ter tido um encontro do tipo com Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford.

    Trump também está tentando um adiamento argumentando que uma enxurrada de notícias sobre o caso levou possíveis jurados a acreditarem que ele já é culpado. Merchan ainda não decidiu sobre esse pedido.

    Promotores do gabinete do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, que denunciou Trump em 2023, se opuseram à solicitação em um documento judicial divulgado ao público nesta quarta-feira.

    Eles argumentaram que foi o próprio Trump quem gerou boa parte da cobertura noticiosa e que eles serão capazes de filtrar jurados tendenciosos pelo processo de seleção de júri.

    A decisão da Suprema Corte de aceitar o recurso de Trump no caso de interferência eleitoral federal foi uma grande vitória para ele, atrasando o início do julgamento em meses, pelo menos.

    Ele também enfrenta um processo estadual na Geórgia sobre os seus esforços para reverter os resultados das eleições de 2020, bem como um processo federal na Flórida sobre o manuseio de documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021. Esses casos também não têm datas de julgamento firmes.