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    Aumentam apelos democratas para Biden encerrar campanha, mas ele promete seguir

    Presidente dos EUA está isolado em casa, em Delaware, após testar positivo para Covid-19

    Andy SullivanMakini Briceda Reuters , em Washington D.C.

    O presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu nesta sexta-feira (19) continuar sua campanha para a reeleição, mesmo com mais sete pares democratas no Congresso pedindo que ele encerre sua campanha, temendo que isso possa custar caro ao partido na eleição de 5 de novembro.

    Mais de um em cada 10 democratas do Congresso já pediu publicamente ao presidente de 81 anos — que está isolado em sua casa em Delaware com um caso de Covid — que desista após um debate desastroso em junho contra o republicano Donald Trump, que levantou questões sobre a capacidade de Biden de vencer ou de cumprir seus deveres por mais quatro anos.

    Biden permaneceu desafiador, dizendo que retomará a campanha em breve.

    “Estou ansioso para voltar à campanha na próxima semana para continuar expondo a ameaça da agenda do Projeto 2025 de Donald Trump, enquanto defendo meu histórico e a visão que tenho para a América”, disse ele em um comunicado, referindo-se a um plano de política desenvolvido pelos aliados conservadores de Trump.

    A divisão entre os democratas contrastou fortemente com as cenas que se desenrolaram nesta semana na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, onde antigos rivais do partido se uniram em torno de Trump, que aceitou a indicação republicana em um discurso que apresentou sua conhecida mistura de queixas e declarações bombásticas.

    Até o momento, 33 dos 264 democratas no Congresso pediram abertamente que Biden encerre sua campanha, enquanto outros líderes democratas seniores o pressionaram nos bastidores para que o fizesse, de acordo com fontes e reportagens da mídia.

    “Devemos encarar a realidade de que as preocupações públicas generalizadas sobre sua idade e condição física estão colocando em risco o que deveria ser uma campanha vitoriosa”, escreveram os deputados Jared Huffman, Marc Veasey, Chuy Garcia e Marc Pocan em uma carta nesta sexta-feira (19).

    Três outros parlamentares democratas também pediram separadamente que Biden desistisse: O senador Martin Heinrich e os deputados Zoe Lofgren e Greg Landsman.

    Os democratas estão cada vez mais preocupados com uma vitória dos republicanos na eleição de 5 de novembro, que poderia deixar Trump e seus aliados não apenas no comando da Casa Branca, mas também com maiorias em ambas as Casas do Congresso.

    A ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi está entre os que disseram a Biden que ele não pode vencer em novembro, de acordo com uma fonte da Casa Branca familiarizada com o assunto.

    Depois de semanas insistindo que permanecerá na disputa, fontes dizem que Biden agora estaria levando a sério os apelos para se afastar, e várias autoridades democratas acham que uma saída é questão de tempo.

    A presidente da campanha de Biden, Jen O’Malley Dillon, reconheceu que Biden enfrenta um caminho difícil para a reeleição, mas disse que seu apoio não caiu significativamente nas últimas semanas.

    “Temos muito trabalho a fazer para garantir que estamos tranquilizando o povo americano de que, sim, ele está velho, mas pode fazer o trabalho e pode vencer”, disse ela na MSNBC.

    Embora uma pesquisa Reuters/Ipsos no início desta semana tenha apontado Biden e Trump efetivamente empatados, estrategistas de ambos os partidos dizem que o caminho de Biden para a vitória está se estreitando, pois ele está atrás na maioria dos Estados que decidirão a eleição.

    Se Biden deixar de ser candidato, a vice-presidente Kamala Harris, de 59 anos, poderá ocupar a candidatura. Pesquisa Reuters/Ipsos mostra que ela tem um desempenho marginalmente melhor contra Trump em um confronto teórico entre eles.

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