Análise: Comparecimento é historicamente baixo nas eleições dos EUA
Analista explica que apenas 40% dos eleitores aptos costumam votar nos EUA, onde o voto não é obrigatório e há barreiras burocráticas
As eleições nos Estados Unidos enfrentam um desafio recorrente: o baixo comparecimento dos eleitores às urnas.
Segundo avaliou a analista de Internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta quinta-feira (24), historicamente, apenas cerca de 40% da população apta a votar exerce esse direito no país.
Magnotta explica que o cenário eleitoral americano é marcado por uma série de fatores que contribuem para essa baixa participação.
“Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, e há um processo burocrático em torno de poder votar”, afirma a especialista.
Barreiras burocráticas e desestímulo ao voto
Entre os obstáculos enfrentados pelos eleitores americanos, destacam-se:
- Necessidade de registro prévio para votar;
- Prazos específicos para realização do registro;
- Em alguns casos, obrigatoriedade de renovar o registro a cada eleição;
- Regras diferentes em cada estado para o processo de votação.
Essas diversas barreiras e procedimentos acabam, em muitos casos, desestimulando aqueles que não se programam com antecedência para votar. “O comparecimento é um mix de querer votar e poder votar”, ressalta Magnotta.
Expectativas para as próximas eleições
Apesar do histórico de baixo comparecimento, há uma expectativa mais otimista para as próximas eleições nos Estados Unidos.
A analista aponta que a intensa polarização política no país pode levar a um aumento na participação dos eleitores.
“Como o país está muito polarizado e as campanhas constroem o adversário como uma espécie de ameaça existencial, muita gente aposta que o eleitor, para tentar expressar sua rejeição em relação ao outro, pode comparecer em maior peso”, explica.