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    Eleições na Rússia: governistas saem na frente e fraudes são investigadas

    Pesquisa indica que Rússia Unida, que apoia o presidente Vladimir Putin, teve cerca de 45,2% dos votos nas eleições parlamentares

    Zahra Ullahda CNN

    O partido governista da Rússia está no caminho de garantir a maioria nas eleições parlamentares em meio a denúncias de fraude e interferência.

    A votação foi concluída no final do domingo (19) na Rússia, depois que pessoas de todo o país votaram nos membros da Duma – a câmara baixa do Parlamento russo – e em vários chefes regionais e municipais.

    Uma pesquisa de saída realizada pela INSOMAR e citada pela RIA Novosti previu que a Rússia Unida, que apoia o presidente Vladimir Putin, ganharia 45,2% do total de votos.

    Se isso se refletir nos resultados oficiais, a Rússia Unida poderia enfrentar um resultado mais fraco do que nas eleições parlamentares anteriores, em 2016, quando o partido obteve mais de 54% dos votos.

    Com 28,75% dos votos contados até a publicação dessa reportagem, a Comissão Eleitoral Central da Rússia disse que a Rússia Unida havia conquistado 44,92% dos votos, informou a RIA Novosti.

    Os primeiros resultados também mostraram, logo atrás, os votos angariados pelo Partido Comunista, que foram 21,96% do total.

    Membros da oposição e observadores independentes levantaram preocupações sobre casos alegados de fraude eleitoral nas eleições parlamentares, que duram três dias. No domingo, as autoridades eleitorais disseram ter anulado alguns votos.

    A chefe da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Ella Pamfilova, recuou no que ela descreveu como “propaganda”, dizendo que as autoridades haviam contado um total de 12 casos de excedente de cédulas eleitorais depositadas em urnas em 8 distritos do país.

    A eleição também foi criticada por membros da oposição política do país, que alegam que as autoridades russas interferiram em suas candidatura.

    Pamfilova negou as acusações dizendo que as eleições representam “todo o espectro político e social do país”.

    Porém, uma presença outrora significativa no cenário político russo estava ausente este ano.

    Em abril, as autoridades russas proibiram o movimento político do proeminente crítico do Kremlin, Alexei Navalny, rotulando o partido de “extremista”, forçando-o a fechar as portas e tornando seus membros inelegíveis para concorrer às eleições.

    O próprio Navalny foi preso no início deste ano, depois que um tribunal de Moscou decidiu que ele havia violado as condições de liberdade condicional em um processo de 2014.

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