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    Eleições na França em 2024: Como funcionará o segundo turno?

    O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, liderou o primeiro turno das eleições

    Da Reuters

    Os eleitores franceses vão às urnas neste domingo (7) para o segundo turno das eleições legislativas do país, depois que o presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento e convocou eleicões gerais após o mau desempenho de seu partido na votação para o parlamento Europeu.

    As eleições para os 577 assentos da Assembleia Nacional da França são um processo em dois turnos.

    Nos distritos onde nenhum candidato venceu diretamente no primeiro turno, os dois principais candidatos, além de qualquer candidato com mais de 12,5% do número total de eleitores registrados naquele distrito, avançam para o segundo turno.

    O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, liderou o primeiro turno das eleições parlamentares francesas no domingo (30), o que aproximou o grupo a um posto inédito no poder.

    Depois de uma participação excepcionalmente alta, o bloco RN obteve 33,15% dos votos, enquanto a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar com 27,99% e a aliança do presidente Emmanuel Macron caiu para o terceiro lugar com 20,76%, de acordo com resultados finais publicados pelo Ministério do Interior nesta segunda-feira (1º).

    Veja como funciona o segundo turno

    O candidato que receber mais votos no segundo turno ganha o assento.

    A alta participação no primeiro turno significa que cerca de 300 distritos agora enfrentam possíveis três vias de segundo turno, o que, teoricamente, favorece o RN.

    Para evitar essas três vias de segundo turno e bloquear o RN, os políticos de centro-direita e centro-esquerda da França há muito praticam o que chamam de “frente republicana”, onde o candidato em terceiro lugar desiste da corrida e insta os eleitores a se unirem por trás do candidato em segundo lugar.

    Todos os candidatos que avançaram para o segundo turno tiveram até a terça-feira (2) à noite para decidir se desistiam ou concorriam no segundo turno.

    Como está a situação para o segunto turno?

    Muitos líderes políticos deram orientações aos candidatos e eleitores na noite de domingo (30).

    O presidente Emmanuel Macron pediu uma “ampla manifestação por trás dos candidatos republicanos e democráticos” para o segundo turno, efetivamente orientando contra o partido de extrema direita Reunião Nacional e o partido de esquerda França Insubmissa (LFI).

    Seu ex-primeiro-ministro, Edouard Philippe, fez um apelo explícito aos candidatos de seu partido para desistirem se estivessem em terceiro lugar e se unirem aos candidatos do centro-esquerda ao centro-direita, excluindo o RN e o LFI.

    Na esquerda, os líderes socialistas e do LFI também pediram aos seus candidatos em terceiro lugar que desistissem para bloquear o RN.

    O partido conservador Os Republicanos, que se dividiu antes da votação com um pequeno número de seus parlamentares se aliando ao RN, ainda não tomou uma posição.

    O que acontece agora?

    A eficácia da “frente republicana” enfraqueceu ao longo dos anos, e muitos eleitores já não seguem os conselhos dos líderes do partido.

    Também é possível que os candidatos se recusem a desistir, mesmo com orientações das sedes políticas em Paris.

    No entanto, as negociações poderão influenciar significativamente os resultados, potencialmente decidindo se o RN alcançará uma maioria absoluta no parlamento ou não.

    Isso torna o resultado do segundo turno extraordinariamente difícil de prever. Até os institutos de pesquisa têm recomendado cautela em suas projeções de assentos.

     

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