Egito propõe plano de três fases para acabar com a guerra entre Israel e Hamas
Relatos apontam para possível plano que envolve libertação de reféns, fim das operações militares e soltura de prisioneiros palestinos em Israel
O Egito propôs neste domingo (24) um plano para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas, de acordo com vários relatos da mídia, mas não está claro como será recebido pelas partes em conflito.
O gabinete de guerra de Israel reuniu-se na segunda-feira e, entre outras questões, deveria discutir os esforços em curso para garantir a libertação dos reféns, disse uma autoridade israelita à CNN. A fonte não quis reconhecer a proposta egípcia em três fases.
O acordo de três fases do Egito “garantiria a libertação dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza”, relata o analista político e de política externa da CNN, Barak Ravid, citando duas fontes israelitas. A reportagem ainda não obteve de forma independente uma cópia do plano.
As fases
Na primeira fase, espera-se que Israel interrompa as suas operações militares durante uma a duas semanas para que o Hamas liberte 40 reféns, incluindo mulheres e idosos.
A segunda fase inclui um acordo para trocar os corpos de militantes do Hamas detidos por Israel pelos corpos de reféns israelitas detidos pelo Hamas.
A terceira fase do plano “inclui um acordo ‘todos por todos’”, o que significa que Israel devolveria os seis mil prisioneiros palestinianos nas suas prisões em troca dos restantes reféns israelitas – incluindo soldados – mantidos em cativeiro pelo Hamas. Aqui inclui também o fim da guerra, com a retirada de Israel de Gaza e “o estabelecimento de um governo tecnocrático em Gaza que não será afiliado ao Hamas e que atrairá o apoio dos Estados Unidos, do Egito e do Catar”, relata Ravid.
Na semana passada, o Hamas disse que as facções palestinas não concordariam com quaisquer negociações sobre trocas de prisioneiros até que Israel terminasse a operação militar em Gaza.
O plano de três fases também é descrito pelos meios de comunicação israelenses e internacionais, citando vários funcionários e fontes diplomáticas.
A CNN contatou autoridades egípcias para comentar o plano.