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    Edmundo González exige libertação de María Corina após oposição denunciar prisão

    Líder opositora participou de protesto contra Nicolás Maduro em Caracas

    Da CNN

    Edmundo González, que disputou a Presidência da Venezuela com Nicolás Maduro e a oposição diz ser o vencedor do pleito, pediu a “libertação imediata” de María Corina Machado nesta quinta-feira (9).

    A oposição denunciou que Machado foi detida após sair de um protesto em Caracas. Além disso, afirmaram que foram feitos disparos contra ela.

    “Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, comentou González.

    Ainda nesta quinta, a equipe de María Corina Machado afirmou que ela foi solta. Após essa atualização, González publicou que o fato de ela “estar livre não minimiza o fato de que o que aconteceu foi ela ter sido sequestrada em condições de violência”.

    O Ministério das Relações Exteriores da Espanha publicou uma nota oficial, destacando: “A integridade física e a liberdade de expressão e manifestação de todos, especialmente dos líderes políticos da oposição, devem ser protegidas e salvaguardadas”.

    Líderes internacionais também reagiram às notícias da prisão da opositora de Maduro.

    O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu a “plena liberdade” de Machado e sua integridade, chamando ainda o governo da Venezuela de “regime ditatorial”.

    Maurício Macri, ex-presidente da Argentina, afirmou: “María Corina, não vamos abandonar você. A Venezuela será livre!”

    Protestos em Caracas

    Grupos de manifestantes se reuniram em Caracas, capital da Venezuela, nesta quinta-feira (9), véspera da posse de Nicolás Maduro.

    Em várias partes da cidade multidões de apoiadores da oposição pediram “liberdade”. Os apoiadores também foram vistos segurando cartazes de “González Presidente” e usando vuvuzelas.

    Enquanto isso, no maior bairro da Venezuela, Petare, os apoiadores de Maduro também se reuniram no que eles chamam de “marcha pela paz e alegria”.

    Entenda a crise na Venezuela

    A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

    Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

    A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

    O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

    O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

    O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

    Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

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