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    É preciso urgência no combate ao aumento da insegurança alimentar, diz agência da ONU

    Rede Global Contra Crises Alimentares afirma que em seis anos o número de pessoas em situação de insegurança alimentar quase dobrou em todo o mundo

    Criadores e gado magro em fazenda no Afeganistão.
    Criadores e gado magro em fazenda no Afeganistão. REUTERS / Reprodução

    Maytaal Angelda Reuters

    Londres

    Conflitos, climas extremos e choques econômicos aumentaram o número de pessoas que enfrentam crises alimentares em um quinto, para 193 milhões no ano passado, e as perspectivas vão piorar sem ação urgente “em grande escala”, disse a agência Rede Global Contra Crises Alimentares (GNAFC), na terça-feira (3).

    Criada pelas Nações Unidas e pela União Europeia, a agência disse em seu relatório anual que a insegurança alimentar quase dobrou desde 2016, quando começou a monitorá-la.

    “As perspectivas para o futuro não são boas. Se não for feito mais para apoiar as comunidades rurais, a escala da devastação em termos de fome e perda de meios de subsistência será terrível”, disse o relatório da GNAFC.

    “É necessária uma ação humanitária urgente em grande escala para evitar que isso aconteça.”

    Definida como qualquer falta de alimentos que ameace vidas, meios de subsistência ou ambos, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda em níveis de crise ou pior aumentou em 40 milhões, ou 20%, no ano de 2021.

    Olhando para o futuro, o relatório disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia – ambos os países são grandes produtores de alimentos – representa sérios riscos para a segurança alimentar global, especialmente em países em crise alimentar, incluindo Afeganistão, Etiópia, Haiti, Somália, Sudão do Sul, Síria e Iêmen.

    Em 2021, a Somália obteve mais de 90% de seu trigo da Rússia e da Ucrânia, a República Democrática do Congo recebeu 80%, enquanto Madagascar importou 70% dos alimentos básicos dos dois países.

    “Os países que já enfrentam altos níveis de fome aguda são particularmente vulneráveis ​​à (guerra) devido à sua alta dependência das importações de alimentos e (sua) vulnerabilidade aos choques globais dos preços dos alimentos”, disse o relatório.