Donald Trump diz que não abandonará eleições de 2024 mesmo se for indiciado
Ex-presidente se recusou a se comprometer a apoiar algum candidato republicano na próxima corrida eleitoral presidencial
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse neste sábado (4) que não abandonaria a corrida presidencial de 2024 se fosse indiciado em qualquer uma das investigações federais e estaduais que enfrenta.
“Eu nem pensaria em sair [da disputa]”, afirmou Trump a repórteres na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), em Maryland, onde os participantes o nomearam seu candidato presidencial favorito pouco antes de ele subir ao palco.
Várias investigações criminais tem Trump como alvo. Os promotores no Condado de Fulton, na Geórgia, investigam o esforço do empresário e seus aliados para alterar os resultados das eleições da Geórgia em 2020.
Além disso, o Departamento de Justiça dos EUA está apurando o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, bem como o caso de documentos classificados encontrados em sua residência após ele ter deixado cargo.
O ex-presidente permanece desafiador diante das investigações em andamento, tendo argumentado que “eles armaram a justiça em nosso país”.
Trump se recusou a se comprometer a apoiar algum candidato republicano em 2024, se não for ele. Também disse que não decidiu se assinaria a promessa de lealdade que a presidente do Comitê Nacional Republicano Ronna McDaniel está exigindo aos candidatos do partido para participarem dos debates.
“Provavelmente há pessoas que eu não ficaria muito feliz em endossar que estão concorrendo, então veremos. Acho que alguns deles – não vou citar nomes, não quero insultar ninguém – mas alguns deles, não ficaria muito feliz”, destacou Trump.
Durante seu discurso no CPAC no sábado, Trump afirmou que os republicanos devem “mudar o pensamento” sobre a votação precoce e por correio após as derrotas em 2020 e 2022 — uma reversão dramática após anos de declarações falsas sobre essas formas de votação serem repletas de fraude.
Trump disse que os republicanos que avançam devem tentar “derrotar os democratas em seu próprio jogo”.
“Isso significa inundar a esquerda com votos por correio, votos antecipados e votos do dia das eleições”, avaliou.
