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    Dois oligarcas russos pedem fim da guerra de Putin

    Ambos os bilionários foram atingidos pelas sanções dos Estados Unidos e aliados após invasão russa à Ucrânia

    Charles Rileydo CNN Business

    Os bilionários russos Mikhail Fridman e Oleg Deripaska romperam com o Kremlin e pediram o fim da guerra da Rússia na Ucrânia.

    Fridman, que nasceu no oeste da Ucrânia, escreveu em uma carta à equipe que queria que o “derramamento de sangue acabasse”.

    “Meus pais são cidadãos ucranianos e moram em Lviv, minha cidade favorita. Mas também passei grande parte da minha vida como cidadão da Rússia, construindo e desenvolvendo negócios. Estou profundamente ligado aos povos ucraniano e russo e vejo o conflito atual como uma tragédia para ambos”, escreveu Fridman.

    “Esta crise custará vidas e prejudicará duas nações que são irmãs há centenas de anos. Embora uma solução pareça assustadoramente distante, só posso me juntar àqueles cujo desejo fervoroso é que o derramamento de sangue termine”, acrescentou na carta, que foi fornecida por seu escritório.

    O Financial Times foi o primeiro a noticiar a carta. Fridman é presidente do Alfa Group, um conglomerado privado que opera principalmente na Rússia e ex-estados soviéticos que abrange bancos, seguros, e empresas de varejo e produção de água mineral.

    Fridman tem um patrimônio líquido de US$ 11,4 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaire’s Index.

    O bilionário também é presidente do Alfa Bank, a quarta maior empresa de serviços financeiros da Rússia e seu maior banco privado.

    O Alfa Bank foi atingido na semana passada por sanções que o impedirão de arrecadar dinheiro no mercado dos EUA.

    O pedido de paz de Fridman foi ecoado por Deripaska, um bilionário que fez fortuna no negócio de alumínio.

    “A paz é muito importante! As negociações precisam começar o mais rápido possível!” Deripaska disse no domingo em um post no Telegram.

    Ele também abordou a situação econômica em uma série de posts nesta segunda-feira (28), quando o rublo entrou em colapso e o mercado de ações da Rússia não abriu para negociação.

    “Eu realmente quero esclarecimentos e comentários inteligíveis sobre a política econômica para os próximos três meses”, disse Deripaska, acrescentando que a decisão do banco central de aumentar drasticamente as taxas de juros e forçar as empresas a vender moeda estrangeira é o “primeiro teste de quem vai estar realmente pagando por este banquete.”

    “É preciso mudar a política econômica, [nós] precisamos acabar com todo esse capitalismo de Estado”, acrescentou. Deripaska emergiu da caótica disputa por ativos após o colapso da União Soviética com uma enorme fortuna, que a Forbes estimou em US$ 28 bilhões em 2008.

    Em 2018, ele foi sancionado pelos Estados Unidos, que observou que o oligarca “não se separa do estado russo. “Os oligarcas da Rússia enfrentam o caos econômico e a punição do Ocidente depois que o presidente Vladimir Putin ordenou que suas tropas entrassem na Ucrânia na semana passada.

    Os Estados Unidos e aliados, incluindo o Reino Unido, responderam atacando indivíduos ricos que estão próximos do Kremlin com sanções. Os Estados Unidos estão até mesmo mirando nas famílias de oligarcas – um novo passo destinado a minar o apoio a Putin entre a elite russa.

    Na semana passada, o Tesouro dos EUA sancionou os filhos de dois dos funcionários mais próximos de Putin.

    “Elites próximas a Putin continuam aproveitando sua proximidade com o presidente russo para saquear o Estado russo, enriquecer e elevar seus familiares a alguns dos mais altos cargos de poder”, disse o Departamento do Tesouro ao anunciar as sanções.

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