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    Dois americanos e um russo estão entre 20 detidos em protesto na Geórgia

    Manifestantes se opõem a projeto de lei sobre "agentes estrangeiros"

    Protesto em Tbilisi
    Protesto em Tbilisi 13/5/2024 REUTERS/Irakli Gedenidze

    Da Reuters

    Dois cidadãos norte-americanos e um russo estavam entre as 20 pessoas detidas em protestos em Tbilisi enquanto os parlamentares georgianos debatiam um projeto de lei sobre “agentes estrangeiros” que tem provocado uma crise política, informou o Ministério do Interior nesta segunda-feira (13).

    Os manifestantes estavam entre os milhares de oponentes do projeto de lei que atenderam a um chamado da oposição da Geórgia para realizar um protesto que durou a noite toda do lado de fora do Parlamento, com a intenção de impedir que os parlamentares entrassem no prédio na segunda-feira.

    No entanto, os parlamentares conseguiram entrar no prédio do Parlamento, onde o comitê judiciário – boicotado pelos partidos de oposição – aprovou formalmente a legislação em uma sessão de um minuto. Espera-se que a assembleia geral debata e aprove o projeto de lei em sua terceira e última leitura na terça-feira (14).

    A embaixada dos EUA e os representantes diplomáticos da Rússia na Geórgia não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus cidadãos detidos. A Rússia não tem atualmente uma embaixada na Geórgia, devido à disputa entre os países sobre duas regiões separatistas apoiadas por Moscou.

    O Ministério do Interior da Geórgia escreveu no Facebook que um dos cidadãos dos EUA nasceu em 1995, mas não forneceu mais detalhes.

    A mídia georgiana informou, citando testemunhas, que a polícia afastou os manifestantes das entradas de serviço do prédio do Parlamento no início da segunda-feira, levando a algumas brigas.

    O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, prometeu seguir em frente com o projeto de lei, apesar de ele ter causado alguns dos maiores protestos vistos na nação do sul do Cáucaso desde que conquistou a independência de Moscou em 1991.

    Os países ocidentais e a oposição da Geórgia classificam a legislação como autoritária e de inspiração russa. Os críticos a comparam à lei de “agentes estrangeiros” da Rússia de 2012, que tem sido usada para perseguir os críticos do Kremlin de Vladimir Putin.

    O projeto de lei de “agentes estrangeiros” exige que as organizações que recebem mais de 20% de seu financiamento do exterior se registrem como agentes de influência estrangeira ou serão multadas. O partido governista da Geórgia afirma que a lei é necessária para aumentar a transparência do financiamento das ONGs e proteger o país de interferências externas.