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    Documentos confidenciais: veja a linha do tempo da investigação contra Trump

    Defesa de Trump foi informada formalmente pelo Departamento de Justiça de que há uma investigação em curso contra o empresário

    O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump no tribunal de Nova York durante audiência judicial sobre o caso Stormy Daniels
    O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump no tribunal de Nova York durante audiência judicial sobre o caso Stormy Daniels Reprodução/CNN

    Da CNN

    A defesa de Donald Trump foi informada formalmente pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre o fato de que o ex-presidente americano é alvo de uma investigação federal sobre o uso indevido de documentos confidenciais, disseram à CNN fontes familiarizadas com o caso.

    A notificação judicial é um forte indício de que Trump pode ser acusado formalmente pela Justiça por ter levado documentos confidenciais da Casa Branca para o resort de Mar-a-Lago, propriedade de luxo do empresário no estado da Flórida.

    O caso começou a se desenrolar no início de 2022, quando o órgão responsável pelo manuseio de documentos da Casa Branca acionou o Departamento de Justiça depois de dar-se conta de que, após deixar a presidência, Trump devolveu ao Estado caixas com alguns documentos classificados como confidenciais.

    Da suspeita à notificação, veja a linha do tempo da investigação que paira sobre Trump, que ambiciona voltar ao poder nas eleições de 2024:

    • 9 de fevereiro de 2022: A Administração Nacional de Arquivos e Registros pede ao Departamento de Justiça dos EUA que investigue o manuseio de documentos do governo por Trump, depois que o ex-presidente devolveu caixas com materiais classificados como confidenciais;
    • 8 de agosto de 2022: Trump revela que agentes do FBI, a Polícia Federal dos EUA, revistaram Mar-a-Lago e arrombaram um cofre no que um dos filhos do empresário disse ser parte de uma investigação federal sobre retenção de registros;
    • 12 de agosto de 2022: O mandado aprovado pelo Justiça por trás da busca de 8 de agosto é divulgado, mostrando que 11 conjuntos de documentos classificados foram retirados da propriedade de Trump. A determinação ainda afirma que o Departamento de Justiça acredita que ocorreram possíveis violações da Lei de Espionagem, que torna crime divulgar informações que possam prejudicar a segurança nacional;
    • 22 de agosto de 2022: Trump entra com um processo para impedir que o Departamento de Justiça revise os materiais apreendidos em sua casa até que um árbitro terceirizado, conhecido como mestre especial, seja designado para garantir que não ocorra o acesso indevidos a outros documentos;
    • 26 de agosto de 2022: O Departamento de Justiça divulga o pedido por trás do mandado de busca na propriedade de Trump, revelando que acreditava que o ex-presidente possuía documentos ilegalmente, incluindo alguns envolvendo coleta de informações e fontes humanas clandestinas. A declaração também diz que havia “um número significativo de testemunhas civis” auxiliando na investigação e que o departamento acreditava que também havia evidências de obstrução;
    • 6 de setembro de 2022: A juíza distrital Aileen Cannon concede o pedido de Trump para um mestre especial, em ação que atrasa a investigação. O juiz distrital sênior Raymond Dearie é posteriormente nomeado para executar a revisão;
    • 15 de setembro de 2022: O Departamento de Justiça busca acessar os materiais confidenciais obtidos na busca. Cannon rejeita o pedido, mas o 11º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA posteriormente permite que o órgão revise os documentos;
    • 16 de novembro de 2022: Enquanto a investigação ocorre, Trump anuncia que concorrerá à indicação republicana nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos;
    • 20 de novembro de 2022: O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, que chefia o Departamento de Justiça, nomeia o procurador especial Jack Smith para comandar as investigações criminais relacionadas a Trump, incluindo a investigação de documentos classificados.
    • 1º de dezembro de 2022: Um tribunal federal de apelações reverte a nomeação do mestre especial no caso sob a justificativa de que a juíza Aileen Cannon não tinha autoridade para nomear um. Com isso, o Departamento de Justiça ganha acesso a todos os materiais apreendidos na busca na propriedade de Trump.
    • 7 de dezembro de 2022: Pelo menos dois registros classificados são encontrados durante uma nova busca nas propriedades de Trump.
    • Dezembro de 2022: O advogado Tim Parlatore, parte da defesa de Trump, comparece a um grande júri federal em Washington para descrever os esforços feitos para revistar as propriedades de Trump em busca de quaisquer documentos restantes do governo.
    • 24 de março de 2023: Outro advogado de Trump, Evan Corcoran, comparece a um grande júri federal em Washington depois que um juiz federal considera que a equipe comandada pelo procurador Smith apresentou pontos suficientes para corroborar a tese de que Trump pode ter enganado seus advogados na promoção de um crime.
    • 17 de maio de 2023: Parlatore confirma que deixou a equipe jurídica de Trump e, no mesmo dia, diz à CNN que saiu devido a desentendimentos com outros membros da defesa sobre o tratamento da investigação, alegando que o assessor de Trump, Boris Epshteyn, impediu os advogados de defenderem adequadamente o ex-presidente, algo negado por um porta-voz do empresário;
    • 8 de junho de 2023: Trump escreve nas redes sociais que o “governo corrupto” do presidente Joe Biden informou a sua defesa de que ele foi indiciado e intimado a comparecer ao Tribunal Federal de Miami na terça-feira (13).

    (Com informações de Jacqueline Thomsen, da Reuters, Paula Reid, Kristen Holmes, Jeremy Herb e Evan Perez, da CNN)