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    Direita lidera em pesquisas de opinião na Espanha, mas sem conquistar maioria

    Partido Popular deve conquistar de 131 a 151 cadeiras no Parlamento, precisando se coligar a outra legenda para obter as 176 vagas necessárias para formar um governo 

    Inti LandauroAndrei Khalipda Reuters , Madri

    As últimas pesquisas de opinião permitidas pela lei espanhola antes das eleições gerais de 23 de julho mostraram o conservador Partido Popular (PP) bem à frente dos governistas socialistas nesta segunda-feira (17), mas precisando do apoio do Vox, de extrema direita, para governar.

    De acordo com os principais institutos de pesquisa espanhóis, que estão impedidos de publicar levantamentos a partir de terça-feira, o PP obteria 131 a 151 assentos na Câmara dos Deputados de 350 membros, ficando aquém da maioria absoluta de 176.

    Embora algumas pesquisas mostrem que o Vox conquistaria assentos suficientes para garantir uma maioria conjunta à direita, a média de todas as pesquisas divulgadas nesta segunda-feira pelos institutos de pesquisa GAD3, 40db, IMOP, Sigma 2 e Simple Logica mostra que eles ainda ficariam a um assento da maioria, com o Vox ganhando 36 assentos.

    O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro Pedro Sánchez, obteria de 98 a 115 assentos, segundo as pesquisas cujas projeções apontam para uma média de 108 assentos.

    Uma aliança hipotética entre o PP e o Vox pode levar o líder do PP, Alberto Nuñez Feijóo, a se tornar primeiro-ministro, mas muito dependerá de quem ocupa o terceiro lugar em várias províncias e quantos parlamentares elejam alguns partidos regionais, que têm apoiado a coalizão minoritária de Sánchez nos últimos quatro anos.

    O Vox está lado a lado com o Sumar, uma nova aliança de grupos de extrema-esquerda que inclui o Podemos, o parceiro júnior da coalizão governista. Sumar conseguiria de 25 a 39 assentos, mostram as pesquisas.

    Em muitos distritos eleitorais, o terceiro lugar é crucial, já que o quarto colocado geralmente não consegue eleger parlamentares.

    Sánchez, que ainda espera ter apoio suficiente no Parlamento para formar um governo, cancelou parte de sua agenda em Bruxelas nesta segunda-feira para participar de um comício de campanha na cidade de Huesca, no nordeste do país, onde o PSOE está lutando para conseguir um assento extra.

    Feijóo tem sido enigmático sobre se fecharia uma aliança pós-eleitoral com o Vox, embora os dois partidos tenham se unido em várias regiões e municípios após as eleições locais em 28 de maio, nas quais a coalizão governista foi derrotada.

    Uma aliança nacional PP-Vox daria à extrema direita um papel no governo pela primeira vez desde que a atual constituição foi aprovada em 1978, após quatro décadas de ditadura de Francisco Franco.

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