Dificuldade de logística atrapalha avanço russo a Kiev, diz especialista
Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Johnestown Haullinson Farias falou à CNN, nesta quarta-feira (2), sobre as estratégias adotadas pelas forças russas
O instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) Johnestown Haullinson Farias falou à CNN, nesta quarta-feira (2), sobre as estratégias adotadas e as medidas ainda não implementadas pelas forças militares russas em ataque à Ucrânia. Para o especialista, a capital Kiev ainda não foi “tomada” devido a dificuldades logísticas.
“Na nossa leitura, a Rússia está prevendo um avanço mais rápido, a conquista mais rápida da capital Kiev. No entanto, as fotos veiculadas apresentaram as dificuldades que está enfrentando na logística”, afirma o major do Exército.
Haullinson destaca também a intensificação da ofensiva na capital ucraniana.
“Soma-se isso à defesa que vem sendo realizada principalmente no interior das localidades; estamos observando há quase três dias intensificação da ofensiva na capital Kiev, que ainda não foi conquistada. Entendemos dessa forma que essa dificuldade de logística está sim, prejudicando um pouco mais o avanço da Rússia em direção aos seus objetivos principais”, destacou.
Sobre as estratégias e arsenais adotados pela Rússia, o militar ressaltou que ao optar por não utilizar forças aéreas, os russos pode estar se preocupando com “danos colaterais”.
“No ambiente acadêmico entendemos que existe uma preocupação muito grande com a guerra informacional, onde os danos colaterais que podiam acontecer na intensificação do combate poderiam trazer um isolamento e prejuízo ainda maior para a imagem da Rússia”, afirmou.
“Também os custos da guerra são muito elevados, empregos de meios aéreos são caros e poderiam trazer esforço logístico ainda maior e poderia prejudicar a ofensiva russa nesse momento”, acrescentou o especialista.