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    Desemprego em Gaza chega a quase 80% em meio à guerra entre Hamas e Israel

    Dados da Organização Mundial do Trabalho mostram impactos da guerra na renda dos palestinos

    Gabrielle Tetrault-Farberda Reuters Genebra

    O desemprego na Faixa de Gaza atingiu quase 80% desde que a guerra com Israel eclodiu em outubro passado, informou a agência das Nações Unidas focado em trabalho nesta sexta-feira (7). A média do desemprego nos territórios palestinos chegou a mais de 50%.

    O desemprego na Faixa de Gaza atingiu 79,1%, enquanto a Cisjordânia viu o desemprego atingir quase 32%, afirmou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na sua quarta avaliação do impacto da guerra no emprego.

    “Isto exclui os palestinos que desistiram de encontrar emprego”, disse Ruba Jaradat, diretora regional da OIT para os Estados Árabes. “A situação é muito pior”.

    A campanha terrestre e aérea de Israel em Gaza surgiu em resposta ao ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo outras 253 como reféns, de acordo com registros israelenses.

    A ofensiva israelense matou mais de 36.500 pessoas, segundo as autoridades de saúde da Faixa de Gaza, onde cerca de metade dos seus 2,3 milhões de habitantes viviam abaixo do limiar da pobreza mesmo antes da guerra.

    “Imaginem que com este elevado nível de desemprego, as pessoas não conseguirão garantir alimentos para si e para as suas famílias”, disse Jaradat.

    “Isso também está afetando a saúde deles… Mesmo aos que têm dinheiro, não há hospitais que possam acomodar a situação catastrófica que existe ali”.

    Em termos de economia, o produto interno bruto (PIB) real contraiu quase 33% nos territórios palestinos desde o início da guerra, com uma contração estimada de 83,5% na Faixa de Gaza e de 22,7% na Cisjordânia, segundo dados publicados pela OIT.

    “No território palestino ocupado e particularmente na Cisjordânia, a redução dos rendimentos empurrou muitas famílias para a pobreza extrema”, disse Jaradat.

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