Deputado deixa partido húngaro de extrema-direita após participar de festa gay
Tanto o Fidesz quanto o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, promovem campanhas contra as causas da comunidade LGBT no país
O político húngaro Jozsef Szajer anunciou nesta quarta-feira (2) que vai deixar o Fidesz, partido conservador que tem como principal líder o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban.
Szajer era o principal representante de Orban no Parlamento Europeu. A decisão acontece após o político ser encontrado participando de uma festa de sexo gay em Bruxelas, na Bélgica.
A festa foi proibida pela polícia na cidade belga não por qualque fato envolvendo a sexualidade dos presentes, uma vez que tanto o casamento entre pessoas do mesmo sexo quanto festas com finalidade sexual são permitidas pelas leis da Bélgica.
O problema, informam as autoridades, é que festas em geral estão proibidas neste momento em razão das regras de distanciamento social na cidade belga. Por esse motivo, foi interrompida pela polícia do país. Ele nega ter usado drogas.
Assista e leia também:
Político húngaro de extrema-direita é pego em festa ilegal em meio a lockdown
Hungria concede poder irrestrito a Orban
A situação envolvendo Jozsef Szajer é um constrangimento para Orbán. O primeiro-ministro e o partido conservador Fidesz promovem campanhas na Hungria contra a comunidade LGBT do país.
Em entrevista ao jornal Magyar Nemzet, Viktor Orban afrimou que a atitude do aliado é “indefensível”.
“Ele tomou a única decisão apropriada quando pediu desculpas e renunciou ao Parlamento Europeu e deixou o Fidesz”, afirmou o primeiro-ministro húngaro.
Em nota, Szajer pediu desculpas por desrespeitar as regras do lockdown na Bélgica. Ao renunciar ao mandato, o político apenas citou “razões morais não especificadas” como a razão da sua saída do posto.
*Com informações de Krisztina Than e Philip Blenkinsop, da Reuters
