Deportações dos EUA para Venezuela devem começar dentro de 30 dias
Nicolás Maduro havia sinalizado disposição para receber imigrantes venezuelanos de volta
Tom Homan, responsável por assuntos relacionados à fronteira e imigração no governo dos Estados Unidos, disse que os voos transportando imigrantes deportados para a Venezuela começariam “dentro dos próximos 30 dias”.
A informação foi revelada em entrevista ao New York Times publicada nesta sexta-feira (7) e acontece uma semana após o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, se reunir com Richard Grenell, enviado do presidente dos EUA.
Durante a reunião em Caracas, ambos os governos confirmaram que foram discutidas questões migratórias e o impacto das sanções econômicas no país sul-americano.
Horas depois da reunião, o governo Trump anunciou que seis cidadãos americanos detidos na Venezuela haviam sido libertados.
A CNN tenta contato com o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela para obter mais detalhes sobre esses voos de deportação.
Venezuela aceita receber deportados
Maduro afirmou que está disposto a receber imigrantes venezuelanos.
“Queremos que eles voltem. Se eles não os querem lá, nós os queremos, com amor, e abrimos os braços”, pontuou o ditador durante uma sessão do Conselho do Governo Federal no final de janeiro.
Em janeiro de 2024, a Venezuela anunciou que deixaria de receber voos de repatriação de imigrantes venezuelanos dos EUA, em resposta à decisão do governo americano de reativar algumas sanções econômicas.
O governo Trump encerrou o Status de Proteção Temporária (TPS) para imigrantes venezuelanos que já residiam nos Estados Unidos.
Centenas de milhares de venezuelanos receberam o TPS em 2023 e esperavam poder trabalhar e evitar a deportação até o final do outono (nos EUA) de 2026.
Entretanto, essas pessoas perderão suas proteções em 2 de abril, enquanto aqueles que receberam proteção em 2021 terão até setembro.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 7,9 milhões de pessoas emigraram da Venezuela para diferentes países nos últimos anos devido a condições políticas, econômicas e de segurança críticas.
