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    Democratas apresentam proposta para taxar ‘ultra-milionários’

    Lei prevê imposto anual de 2% sobre o patrimônio e fundos entre US$ 50 milhões eUS$ e 1 bilhão, além de uma sobretaxa de 1% sobre ativos acima de US$ 1 bilhão

    Tami Luhby, CNN

     

    Agora que os democratas controlam a Casa Branca e o Congresso, o presidente Joe
    Biden e outros líderes do partido tentam aumentar os gastos públicos para reviver a
    economia e enfrentar a desigualdade de renda no país.

    Elizabeth Warren, senadora por Massachusetts, Pramila Jayapal, representante do
    distrito de Washington, e Brendan Boyle, deputado pela Pensilvânia, querem que os
    ultra-ricos paguem por isso.

    Os três democratas apresentaram a Lei de Impostos Ultramilionários nessa segunda-
    feira (1). A proposta prevê um imposto anual de 2% sobre o patrimônio líquido das
    famílias e de fundos entre US$ 50 milhões e US$ e 1 bilhão, além de uma sobretaxa
    anual de 1% sobre ativos acima de US$ 1 bilhão.

    A polêmica proposta, que é copatrocinada pelo senador de Vermont Bernie Sanders e
    outros, é semelhante à que Warren apresentou em 2019 como candidata democrata
    às primárias. Tributar os ricos serviu como principal forma de Warren e Sander
    financiarem seus planos para expandir a cobertura de saúde, assistência infantil e
    outras propostas quando disputavam a indicação do partido.

    “À medida que o Congresso desenvolve planos adicionais para ajudar nossa
    economia, o imposto sobre a riqueza deve estar no topo da lista para ajudar a pagar
    por esses planos por causa das enormes receitas que geraria”, disse Warren em um
    comunicado. “Este é o dinheiro que deveria ser investido em creches e educação
    infantil, ensino fundamental e médio, infraestrutura e em todas prioridades do
    presidente Biden e dos democratas no Congresso”.

    Cerca de 100 mil famílias americanas estariam sujeitas ao imposto, que arrecadaria
    cerca de US$ 3 trilhões em uma década, de acordo com análise fornecida pelos
    parlamentares. A proposta foi conduzida pelos professores Emmanuel Saez e Gabriel
    Zucman, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que são bem conhecidos pelo
    trabalho de esquerda sobre desigualdade de renda e riqueza.

    A estimativa de receita é maior do que a fornecida a Warren durante a campanha, em
    parte porque a riqueza no topo, principalmente entre os bilionários, cresceu nos
    últimos dois anos e deve continuar aumentando, disseram eles. Dois anos atrás, eles
    estimaram que a medida arrecadaria US$ 2,75 trilhões ao longo de uma década e
    afetaria 75 mil famílias.

    Embora o coronavírus tenha desencadeado uma forte desaceleração econômica nos
    Estados Unidos, ele provocou um impacto muito diferente nas famílias americanas.
    Aquelas com renda mais alta mantiveram os empregos em grande parte por meio do
    teletrabalho, e os ganhos do mercado de ações aumentaram seus patrimônios líquido.
    As do extremo oposto da escala foram atingidas de forma desproporcional por
    demissões e tiveram mais dificuldade em encontrar novos empregos durante a
    chamada recuperação em “forma de K”.

    Tributar a riqueza, no entanto, pode ser muito difícil. Há dúvidas sobre se isso é
    permitido pela Constituição dos Estados Unidos, com juristas que defendem os dois
    lados da discussão.

    Além disso, os impostos sobre a fortuna podem ser difíceis de administrar, pois os
    ricos costumam ter ativos difíceis de avaliar.

    Texto traduzido. Leia aqui a versão original em inglês.

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