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    Defesa da Venezuela diz que reconhecerá Maduro como presidente em 10 de janeiro

    Opositor Edmundo González disse que voltará ao país para posse, mas não revelou plano para evitar prisão

    Da CNN

    O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou nesta segunda-feira (6) que a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) reconhecerá Nicolás Maduro como presidente eleito do país.

    Ele ainda rejeitou o apelo feito pelo líder da oposição, Edmundo González, que pediu no domingo (5) aos oficiais das diferentes Forças que a compõem que “acabem com a liderança que distorceu os princípios” da instituição militar.

    “O senhor González Urrutia não entende que a FANB é uma instituição moral, ligada à República Bolivariana da Venezuela e que não obedece aos desígnios ou mandatos de outras potências imperiais”, declarou Padrino em uma mensagem com o alto comando militar, transmitida nacionalmente.

    A declaração de Padrino ocorre com a aproximação cerimônia de posse presidencial, marcada para 10 de janeiro, e em meio a um clima de extrema tensão política no país.

    Embora o Conselho Nacional Eleitoral tenha proclamado a vitória de Maduro – decisão que foi posteriormente ratificada pelo Supremo Tribunal de Justiça –, até o momento os resultados não foram apresentados de forma detalhada. A oposição, por outro lado, afirma ter vencido as eleições.

    González Urrutia informou que tomará posse no dia 10 de janeiro e atualmente está viajando por vários países da América.

    O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, ameaçou pedir a prisão do líder da oposição caso este volte para o país.

    Entenda a crise na Venezuela

    A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

    Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

    A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

    O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

    O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

    O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

    Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

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