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    Decreto de Lei Marcial na Coreia do Sul é “bizarro”, diz especialista

    Para John Nilsson-Wright, medida do presidente Yoon Suk Yeol é "claramente político"

    Catherine Nichollsda CNN

    A decisão do presidente sul-coreano de declarar Lei Marcial em todo o país é um movimento político “francamente bizarro”, disse John Nilsson-Wright, chefe do Programa Japão e Coreias da Universidade de Cambridge, à CNN nesta terça-feira (3).

    “É, francamente, bizarro que isso esteja acontecendo e que o presidente esteja disposto a fazer isso”, disse ele a Becky Anderson, da CNN, de Seul. “Não acho que isso vá convencer ninguém. Parece tão claramente um movimento político.”

    O presidente Yoon Suk Yeol tem respondido recentemente aos esforços do Partido Democrata do país, que pediu o impeachment de vários promotores, disse Nilsson-Wright.

    “Não é incomum que esse tipo de idas e vindas aconteça, mas para ele escalar dessa forma é realmente, francamente, bizarro”, continuou Nilsson-Wright.

    As pessoas em Seul parecem “confusas” com o que o anúncio do presidente significa, disse o acadêmico.

    “Não estamos vendo nenhum sinal do que você associaria à lei marcial, em termos de restrição à capacidade das pessoas de se movimentarem, mobilização do exército ou da polícia, mas não há dúvida de que isso é realmente sem precedentes”, ele continuou.

    “Eu diria que neste ponto, tudo o que podemos dizer é que esta é uma enorme reação exagerada do presidente, para dizer o mínimo. O que ele está tentando fazer ao perseguir a oposição dessas maneiras não qualificadas – chamando-os de efetivamente alinhados com a Coreia do Norte – é, como eu disse, sem precedentes”, ele acrescentou.

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