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    Decisivo para Biden, resultado na Geórgia pode levar ‘alguns dias’

    Disputas no estado determinarão se republicanos ou democratas controlarão o Senado pelos próximos dois anos

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo*

    Com a maior parte das urnas fechadas na Geórgia, o estado americano iniciou a contagem dos votos que decidirão o comando do Senado dos Estados Unidos nos próximos dois anos. Como tem sido regra no atual ciclo eleitoral do país, a resposta pode não vir tão rápido.

    “Posso antecipar que isso vai levar alguns dias”, disse na terça-feira (5) o gerente de sistema de votação do estado, Gabriel Sterling.

    Até ás 23h45, cerca de 78% das urnas haviam sido apuradas. Os atuais senadores republicanos David Perdue (50,9%) e Kelly Loeffler (50,4%) lideravam contra os desafiantes democratas Jon Ossoff (49,1%) e Raphael Warnock (49,6%).

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    Os democratas Ossoff e Warnock largaram na frente, com uma ampla vantagem impulsionada pelos votos dados de forma antecipada. Conforme os votos dados no dia decisivo forem sendo contabilizados, os republicanos se aproximaram gradualmente até virar.

    O que está em disputa

    Das 100 vagas no Senado americano, 50 estão nas mãos dos republicanos, 46 nas dos democratas e outros dois são senadores independentes que votam com o partido do presidente eleito Joe Biden.

    As duas vagas que faltam serem definidas são justamente as que estão em disputa hoje na Geórgia. Se os democratas vencerem ambas as votações, chegarão a 50 senadores. Como nos EUA quem preside o Senado é o vice-presidente do país, Kamala Harris teria o voto de minerva.

    O governo Biden-Harris já conta com a maioria na Câmara. Se vencer o Senado, o presidente eleito terá maioria ampla e poderá promover suas pautas de maior interesse, que envolvem temas como a expansão dos gastos públicos, com mais programas de assistência social, e podem resultar em aumento de impostos.

    Por outro lado, os republicanos podem utilizar o Senado como uma trava para alguns dos temas caros aos democratas, obrigando o presidente eleito Joe Biden a ceder e negociar para aprovar seus projetos na Casa.

    As vagas

    Na Geórgia, senadores são eleitos em dois turnos. Inicialmente, a população do estado deveria votar nesta eleição em apenas um parlamentar. O mandato do republicano David Perdue terminou no último dia 3 e o senador é candidato à reeleição.

    O adversário de Perdue é o cineasta democrata Jon Ossoff. No primeiro turno, o atual senador ficou muito perto da vitória, com 49,73% dos votos, contra 47,95% de Ossoff. 

    A segunda vaga existe porque, em dezembro de 2019, o senador republicano Johnny Isakson renunciou ao mandato, que iria até janeiro de 2023.

    Pela legislação local, diferentemente do Brasil, senadores não possuem suplentes. Caso um senador renuncie ou venha a falecer, é realizada uma nova eleição. A renúncia de Isakson agendou a disputa pelos últimos dois anos do seu mandato para novembro.

    Em janeiro, coube ao governador da Geórgia, Brian Kemp, indicar uma senadora interina. Ele escolheu a republicana Kelly Loeffer, que agora tenta ser eleita para assumir efetivamente os dois últimos anos do mandato de Isakson.

    No primeiro turno, Loeffer teve 25,9% dos votos. O mais votado no pleito foi o reverendo democrata Raphael Warnock, que teve 32,9% dos votos e agora enfrenta a republicana na segunda etapa da disputa.

    *Com informações da CNN Internacional

    Em atualização

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