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    Decisão do TPI “deve ser respeitada e implementada”, diz União Europeia

    Tribunal emitiu mandados de prisão contra primeiro-ministro de Israel, ex-ministro da Defesa e integrante importante do Hamas

    Eyad Kourdida CNN

    O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa do país Yoav Gallant, bem como um integrante importante do Hamas, por supostos crimes de guerra. A medida gerou indignação do governo israelense.

    Josep Borrell, vice-presidente da Comissão Europeia e principal diplomata da União Europeia, afirmou que as decisões do TPI não são políticas e devem ser respeitadas e implementadas.

    A fala aconteceu durante entrevista coletiva realizada no Ministério das Relações Exteriores da Jordânia, em Amã, nesta quinta-feira (21).

    O chanceler da Jordânia, Ayman Al-Safadi, concordou com as observações de Borrell.

    “A comunidade internacional não pode aceitar seletivamente as decisões do TPI em alguns casos e rejeitá-las em outros”, destacou Al-Safadi.

    Ele pediu à comunidade internacional que veja a decisão do tribunal como uma mensagem para “interromper os massacres em Gaza” e garantir a entrega de ajuda ao território.

    Entenda o conflito na Faixa de Gaza

    Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

    O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

    Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

    A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

    Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

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