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    Cúpula da democracia de Biden: lista de convidados coloca evento em xeque

    Ativistas de direitos humanos têm dúvidas se o evento virtual irá forçar os líderes mundiais, alguns deles acusados de autoritarismo, a tomar medidas significativas

    Humeyra Pamuk e Simon Lewisda Reuters , São Paulo

    O presidente norte-americano, Joe Biden, está se preparando para cumprir uma importante promessa de campanha ao convocar a Cúpula para a Democracia: uma reunião inédita de mais de 100 países para ajudar a impedir retrocessos democráticos e a erosão de direitos e de liberdades em todo o mundo.

    Mas os ativistas de direitos humanos têm dúvidas se o evento virtual irá forçar os líderes mundiais convidados, alguns deles acusados de autoritarismo, a tomar medidas significativas.

    “Se a cúpula for mais do que apenas outra reunião, cada participante, incluindo os Estados Unidos, precisará cumprir compromissos importantes em questões de democracia e direitos humanos no próximo ano”, disse Annie Boyajian, vice-presidente de política social e defesa de interesses na Freedom House, um grupo sem fins lucrativos especializado em direitos humanos e democracia.

    Funcionários do governo dizem que o evento de dezembro é apenas o “lançamento” de uma longa conversa sobre democracia e que os países precisarão cumprir as reformas que prometeram caso queiram ser convidados para a próxima cúpula no ano que vem.

    O evento – a ser realizado em 9 e 10 de dezembro, e anunciado em seu primeiro discurso de política externa como presidente em fevereiro – é um teste para Biden, que prometeu que os Estados Unidos voltariam à liderança global sob seu mandato para enfrentar as forças autoritárias lideradas por China e Rússia.

    Uma lista provisória de convidados relatada pela primeira vez pelo Politico e confirmada por uma fonte familiarizada com o assunto mostra que o evento reunirá democracias maduras como a França e a Suécia, mas também países como Filipinas e Polônia, onde ativistas dizem que a democracia está sob ameaça. Na Ásia, alguns aliados dos EUA como Japão e Coreia do Sul foram convidados, enquanto outros como Tailândia e Vietnã não.

     

     

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