Cuba nega reportagem sobre instalação de base de espionagem chinesa na ilha
Acordo permitiria a Pequim coletar comunicações eletrônicas do sudeste dos EUA e monitorar o tráfego de navios
Cuba negou na quinta-feira (8) qualquer acordo entre a ilha e a China para estabelecer uma instalação de espionagem eletrônica no território a cerca de 160 quilômetros da Flórida, nos Estados Unidos, conforme noticiou o Wall Street Journal.
O vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Fernandez de Cossio, disse, em comunicado, que o relatório era uma mentira inventada por autoridades dos EUA para desestabilizar o país e piorar o bloqueio econômico e comercial de décadas.
“Rejeitamos qualquer presença militar estrangeira na América Latina e no Caribe, incluindo muitas bases e forças militares dos EUA”, afirmou.
A alegada instalação de espionagem permitiria a Pequim coletar comunicações eletrônicas do sudeste dos EUA, que abriga muitas bases militares americanas, bem como monitorar o tráfego de navios, informou o jornal, citando autoridades americanas familiarizadas com informações classificadas.
Os países chegaram a um acordo de princípio, disseram as autoridades, com a China para pagar a Cuba “vários bilhões de dólares” para permitir a estação de espionagem, segundo o jornal.
Os laços entre os EUA e a China se deterioraram devido a disputas que vão desde a atividade militar no Mar da China Meridional e perto de Taiwan, o histórico de direitos humanos de Pequim e a competição tecnológica.
(Mario Fuentes, Alexander Frometa, Anett Rios, Anna Portella)