Cuba controla maior incêndio da história em depósito de petróleo em Matanzas
Fogo destruiu, em cinco dias, 40% das principais instalações de armazenamento de combustível da ilha caribenha e causou apagões maciços
Bombeiros finalmente controlaram, na terça-feira (9), o que as autoridades descreveram como o pior incêndio da história de Cuba. O fogo destruiu, em cinco dias, 40% das principais instalações de armazenamento de petróleo da ilha caribenha e causou apagões maciços.
Testemunhas da Reuters relataram que as chamas furiosas que devastaram um segmento de quatro reservatórios do porto de super tanques de Matanzas haviam diminuído.
Segundo as fontes, as altas nuvens de fumaça preta e espessa que fluíam da área também reduziram e agora são principalmente cinzas.
Matanzas é o maior porto de Cuba para o recebimento do petróleo bruto e para importações de combustíveis. O petróleo pesado cubano, bem como o óleo combustível e o diesel armazenados em 10 enormes tanques, são usados principalmente para gerar eletricidade na ilha.
Um raio atingiu um tanque de armazenamento de combustível na noite de sexta-feira (5). O fogo se espalhou para um segundo tanque no domingo (7) e consumiu a área de quatro tanques na segunda-feira (8), acompanhado por grandes explosões, apesar dos esforços dos bombeiros locais apoiados por mais de 100 reforços mexicanos e venezuelanos.
O bombeiro Rafael Perez Garriga disse à Reuters que teme que o fogo afete a situação de energia no país.
Sob pesadas sanções dos EUA, o país administrado pelos comunistas está praticamente falido. Apagões frequentes e escassez de gasolina e outras commodities já haviam criado uma situação tensa com protestos locais dispersos após a agitação histórica do verão passado.
Na terça, mais helicópteros se juntaram ao esforço para apagar o fogo, junto com dois barcos de bombeiros enviados pelo México junto com equipamentos pesados de combate a incêndios.
Perez disse que os bombeiros não conseguiram acessar a área afetada devido à combustão remanescente, que é muito perigosa.
No final do dia, os agentes entraram pela primeira vez na área e pulverizaram espuma e água nos restos ainda fumegantes.
As autoridades não disseram quanto combustível foi perdido no incêndio que destruiu todos os quatro tanques. Os órgãos cubanas afirmaram que nenhum óleo havia contaminado a vizinha Baía de Matanzas.
Ainda assim, eles alertaram os moradores de lugares tão distantes quanto Havana para usar máscaras e evitar a chuva ácida devido à enorme nuvem de fumaça gerada pelo incêndio.
Um bombeiro morreu e 14 desapareceram no sábado, quando o segundo tanque explodiu, disseram autoridades na terça-feira, corrigindo um número anterior de 16 desaparecidos. Outros cinco permanecem em estado crítico.
Mario Sabines, governador da província de Matanzas, brincou que as chamas se espalhavam como uma “tocha olímpica” de um tanque para o outro, transformando cada um em um “caldeirão”.