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    Crise de saúde em Gaza pode matar 8 mil até agosto mesmo com fim da guerra, diz relatório

    Território palestino enfrenta aumento de casos de desnutrição e doenças como diarreia em abrigos superlotados; muitos centros de saúde foram destruídos

    Jennifer Rigbyda Reuters

    Mesmo que os combates na Faixa de Gaza parassem agora, cerca de 8 mil pessoas poderiam morrer nos próximos seis meses devido à crise de saúde pública causada pela guerra entre Israel e Hamas, de acordo com um relatório de pesquisadores independentes dos Estados Unidos e do Reino Unido.

    Os hospitais de Gaza foram devastados pelos combates e mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes do território palestino ficaram desabrigados, causando aumento de casos de desnutrição e doenças como diarreia em abrigos superlotados.

    Os números foram divulgados em um relatório de acadêmicos da London School of Hygiene and Tropical Medicine e do Johns Hopkins Center for Humanitarian Health, nos Estados Unidos, e fazem parte de projeções mais amplas sobre mais mortes que o conflito pode causar em Gaza nos próximos seis meses.

    O relatório, publicado na segunda-feira (19), diz que não inclui Israel porque seu sistema de saúde pública está intacto.

    Se os combates continuarem ou aumentarem, as lesões traumáticas constituirão a maioria de mortes adicionais na Faixa Gaza, projetam os pesquisadores.

    Ainda assim, as as mortes causadas por desnutrição, doenças infecciosas como cólera e a falta de acesso a cuidados para doenças como diabetes também matarão milhares de pessoas.

    Na pior das hipóteses, em que os combates se intensificam e há surtos significativos de doenças, por volta de 85.570 pessoas podem morrer até o início de agosto, com 68.650 mortes relacionadas a ferimentos traumáticos, segundo o relatório.

    Mesmo com um cessar-fogo, cerca de 11.580 pessoas ainda pode, morrer no mesmo período se um surto de doenças agravar os desafios da reconstrução do sistema de saneamento e saúde em Gaza.

    Aproximadamente 3.250 dessas mortes seriam causadas por complicações de longo prazo de lesões traumáticas, e 8.330 por outras causas, segundo o relatório.

    Mais de 29 mil pessoas foram mortas nos combates desde 7 de outubro, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

    As estimativas de mortes adicionais incluem tanto civis quanto combatentes, e os pesquisadores advertem que a natureza imprevisível da guerra e dos surtos de doenças significa que eles têm uma ampla gama de estimativas.

    Contar os mortos em Gaza tem sido um desafio, e o objetivo é dar mais clareza, destaca o relatório financiado pelo governo britânico.

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