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    Corsário, Condor, Zeus: conheça os esquadrões da FAB que resgataram brasileiros em Israel

    Grupamentos têm décadas de história, tendo sido empregados em diversas operações, desde transporte presidencial até o Correio Aéreo Nacional

    Tiago Tortellada CNN , São Paulo

    Corsário, Zeus, Condor: foram esquadrões com esses nomes que resgataram brasileiros que estavam em Israel. Eles foram utilizados na Operação Voltando em Paz, com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

    São eles:

    • Esquadrão Corsário – Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT);
    • Esquadrão Condor – Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT);
    • Esquadrão Zeus – Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT);
    • Grupo de Transporte Especial (GTE).

    Até o momento, a FAB resgatou 1.413 pessoas e 53 animais de estimação de Israel desde que a guerra contra o Hamas começou, em 7 de outubro.

    Como são os esquadrões?

    Os esquadrões Condor e o Corsário têm sede na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e utilizaram duas aeronaves KC-30 e um C-99 na missão.

    Já o Zeus tem sede na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, tendo usado o KC-390 Millennium. O Grupo de Transporte Especial, por sua vez, tem sede na Base Aérea de Brasília, ficando encarregado da aeronave VC-2.

    Conheça os esquadrões que resgataram brasileiros em Israel

    Esquadrão Zeus

    KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB)
    KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) / Divulgação

    Fundado em 22 de janeiro de 1958, o esquadrão Zeus, ou Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) tem sede na Base Aérea de Anápolis, em Goiás.

    Ele foi criado como unidade aérea de combate, ou seja, para transportar unidades aeroterrestres do Exército brasileiro. Seu comando foi ativado efetivamente em 15 de junho de 1961.

    Na mitologia grega, Zeus era considerado o Deus dos céus, do raio e do trovão, sendo a divindade mais importante para os gregos. O nome vem do indo-europeu Dyeus, em que dyeu significava “brilhar”, “céu” ou “deus”.

    Em 2018, o esquadrão passou a operar a Base Aérea de Anápolis, a primeira do tipo no Brasil planejada e construída especialmente para receber os caças Mirage IIIE/D, de fabricação francesa, designados F-103 pela FAB, conforme explica a prefeitura da cidade.

    A base aérea também foi pensada para fazer a defesa aérea de Brasília.

    O Zeus também recebeu a tarefa de implantar a aeronave KC-390 Millennium na Força Aérea Brasileira. Esse avião é produzido pela Embraer, e é o maior produzido na América Latina.

    Esquadrão Corsário

    KC-30 utilizado pelo Esquadrão Corsário, da Força Aérea Brasileira (FAB) na Operação Voltando em Paz, para repatriação de brasileiros em Israel
    KC-30 utilizado pelo Esquadrão Corsário, da Força Aérea Brasileira (FAB) na Operação Voltando em Paz, para repatriação de brasileiros em Israel / Força Aérea Brasileira (FAB)

    Fundado em 5 de outubro de 1968, o esquadrão Corsário, ou Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT), tem sede na ala 11 da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

    Ele tem como atribuição realizar missões de transporte de passageiros e tropa, além do reabastecimento em voo de aeronaves de combate.

    O termo Corsário se refere ao responsável por um navio armado a serviço de uma nação para uma guerra naval em qualquer mar ou oceano. “Dessa forma, faz alusão à capacidade do esquadrão operar não só no território nacional, mas também em qualquer um dos cinco continentes”, conforme destaca a FAB.

    Esse esquadrão apoiou o Correio Aéreo Nacional e o Projeto Rondon anteriormente. Além disso, realizou missões humanitárias de resgate, socorro e de evacuação aeromédica em locais com desastres naturais e conflitos.

    Outras atribuições do Corsário são Transporte Aéreo Logístico, Reabastecimento em Voo e, anteriormente, o transporte do presidente da República e de autoridades.

    Segundo informou a FAB, até 2005, essa unidade utilizou o Boeing FAB-2401, uma modificação militar de um Boeing KC-137 pertencente à Varig, para o transporte do presidente do Brasil, quando a aeronave foi substituída com a chegada do Airbus VC1A, o Santos-Dumont.

    Esquadrão Condor

    Aeronave C-99 da Esquadrão Condor / Divulgação

    Fundado em 1° de outubro de 1959, o esquadrão Condor, ou Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT), tem sede na ala 11 da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

    A unidade é responsável por missões como o apoio aos médicos voluntários que atendem indígenas na região amazônica, assim como evacuação aeromédica e transporte aéreo logístico.

    O Condor é uma ave de rapina, normalmente encontrado desde a Venezuela até Tierra del Fuego, descendo até o nível do mar no Peru e no Chile, também tendo sido registrado no Brasil.

    O grupamento já operou as aeronaves C-54 e C-91, assim como os atuais C-99 utilizados em missões de transporte.

    Também participou de missões apoiando a Força de Paz na Faixa de Gaza, nos anos 1960, e o Correio Aéreo Nacional, segundo a FAB.

    Grupo de Transporte Especial

    Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB)
    Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB) / Agência Força Aérea/Sgt Johnson

    Fundado em 4 de junho de 1941, o Grupo de Transporte Especial (GTE) tem sede na Ala 1 da Base Aérea de Brasília.

    Essa é uma das unidades aéreas mais antigas da Força Aérea Brasileira, tendo sido fundada como Seção de Aviões de Comando, no Rio de Janeiro, então capital federal.

    A alteração de denominação aconteceu na década de 1950, quando passou a ser subordinada ao gabinete do ministro da Aeronáutica. Quando Brasília foi fundada, em 1960, mudou de sede.

    O grupo é utilizado para transportar autoridades nacionais, como o presidente da República e o primeiro escalão do governo brasileiro, e estrangeiras.

    Também conduz comitivas e órgãos para transplantes, além de fazer o serviço de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea.

    Durante a pandemia de Covid-19, foi responsável por repatriar brasileiros que estavam em Wuhan, na China. Também ajudou no transporte de materiais hospitalares, insumos e vacinas.

    Entre as aeronaves operadas pelo GTE estão:

    • Airbus 319 – VC-1;
    • Embraer 190 – VC-2;
    • Embraer 135 e 145 – VC-99;
    • Helicóptero EC-135 – VH-35;
    • Helicóptero EC-225 – VH-36.

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