Corredores humanitários para saída de civis devem reabrir neste domingo na Ucrânia
Rússia concordou com cessar-fogo temporário nas cidades sitiadas de Mariupol e Volnovakha para que a população possa fugir do local
Corredores humanitários nas cidades de Mariupol e Volnovakha, no sudeste da Ucrânia, devem abrir novamente hoje, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.
O governador da região onde fica Mariupol também confirmou a informação, dizendo que a retirada de civis estava marcada para começar às 07h, no horário de Brasília.
“Pela manhã, os corredores humanitários serão novamente abertos tanto em Mariupol quanto em Volnovakha”, disse a repórteres Eduard Basurin, vice-chefe da chamada Milícia Popular da República Popular de Donetsk, informou a TASS. O número de refugiados que deixaram a Ucrânia já ultrapassou o 1,5 milhão previstos pela ONU (Organização das Nações Unidas).
A informação foi reiterada pelo governador ucraniano da região de Donetsk – que foi reconhecida independente pelos russos – em sua conta oficial do Twitter. Em uma publicação na manhã deste domingo (6), Pavlo Kyrylenko disse que a retirada de civis começaria às 12h, no horário local (07h, no horário de Brasília).
Um cessar-fogo deve vigorar das 10h às 21h, horário local, no domingo, disse Kyrylenko.
Civis na cidade portuária ucraniana de Mariupol estão presos sem energia e água e incapazes de recuperar os corpos daqueles que morreram na guerra, disse o prefeito neste sábado (5), ao acusar a Rússia de tentar “sufocar” a cidade fechando as rotas de fuga acordadas.
A Rússia concordou com um cessar-fogo no sábado para permitir que civis deixem Mariupol e Volnovakha com segurança, onde os moradores sofreram dias de bombardeios pesados e indiscriminados.
Mas as evacuações foram interrompidas, com as autoridades ucranianas acusando a Rússia de violar o acordo ao retomar seus ataques, deixando milhares de civis presos em condições que as pessoas no local descrevem como cada vez mais terríveis.
Já o Ministério da Defesa da Rússia alegou que “forças russas foram atacadas depois de estabelecer os corredores humanitários” e acusou “nacionalistas ucranianos” de impedir a retirada de civis.
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