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    Corpo de Sinwar pode ser moeda de troca para libertação de reféns, dizem fontes

    Os restos mortais do líder do Hamas estão atualmente em um local secreto em Israel, segundo relatos da mídia local, depois que ele foi morto na quarta-feira (16) pelas forças israelenses no sul de Gaza

    Da CNN

    O corpo do líder do Hamas, Yahya Sinwar, poder ser usado como uma “moeda de troca” nas negociações para a libertação dos reféns israelenses que estão sendo mantidos em Gaza, dizem fontes israelenses à CNN.

    Os restos mortais de Sinwar estão atualmente em um local secreto em Israel, segundo relatos da mídia local, depois que ele foi morto na quarta-feira (16) pelas forças israelenses no sul de Gaza.

    Duas fontes disseram à CNN que garantir a libertação dos reféns provavelmente seria a prioridade de Israel na decisão de como aproveitar os restos do homem acusado planejar os ataques terroristas de 7 de outubro do ano passado.

     

     

    Mais de 100 reféns sequestrados durante os ataques liderados pelo Hamas permanecem em cativeiro em Gaza. As autoridades israelenses estão atualmente ponderando como “criar pressão rapidamente” sobre o Hamas, disse uma fonte israelense.

    “Se o Hamas quer trocar os restos mortais por israelenses, vivos ou mortos, tudo bem”, de acordo com uma fonte diplomática israelense.

    Ambas as fontes concordaram que Sinwar poderia ser visto como uma “moeda de troca.”

    Uma troca por reféns é provavelmente a única maneira de os restos mortais de Sinwar retornarem a Gaza, disse a fonte israelense. “Caso contrário, entregá-lo não é uma opção”, disse a fonte.

    Segundo uma fonte diplomática, devolver os restos mortais de Sinwar para Gaza em qualquer circunstância pode reunir apoiadores do Hamas. Se Sinwar fosse enterrado em Gaza, o local poderia se tornar um santuário para os seguidores.

    O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog realizaram uma reunião de segurança nesta sexta-feira (18) sobre a “janela significativa de oportunidade” que a morte de Sinwar oferece para o retorno dos reféns, disse o escritório de Herzog em um comunicado.

    Em comentários na quinta-feira (17), Netanyahu também pediu aos integrantes do Hamas que ainda mantêm reféns israelenses para depor suas armas e devolver os prisioneiros, dizendo que quem fizer isso será permitido “sair e viver.”

    Quem é Yahya Sinwar?

    Figura de longa data no Hamas, Yahya Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.

    Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.

    Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.

    No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).

    Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.

    Saiba mais sobre quem foi Yahya Sinwar através desta matéria.

    Entenda o conflito na Faixa de Gaza

    Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

    O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza. Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

    A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

    Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para que os reféns sejam libertados.

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