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    Coreia do Norte nomeia primeira mulher como ministra das Relações Exteriores

    Diplomata de carreira, Choe Son Hui é uma das principais negociadoras nucleares do país

    Yoonjung SeoJake KwonKathleen Magramoda CNN

    A Coreia do Norte nomeou uma das principais negociadoras nucleares como a primeira ministra das Relações Exteriores do país, informou a mídia estatal no sábado (11), em meio a advertências dos Estados Unidos de que Pyongyang está se preparando para realizar um teste nuclear.

    A diplomata de carreira Choe Son Hui foi nomeada em uma reunião plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia de 8 a 10 de junho, supervisionada pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, disse a agência estatal KCNA.

    Sua nomeação ocorre em um momento de tensão na Península Coreana, enquanto a Coreia do Norte aumenta agressivamente seu programa de testes de armas, desafiando as sanções das Nações Unidas.

    Na terça-feira, o representante especial dos EUA para a política da Coreia do Norte, Sung Kim, alertou que Washington acredita que a Coreia do Norte está se preparando para realizar um sétimo teste nuclear – que seria o primeiro desde 2017.

    A Agência Internacional de Energia Atômica também disse na terça-feira que a Coreia do Norte está “preparando seu local de teste nuclear”, alertando que a situação em torno do programa nuclear de Pyongyang “é bastante preocupante porque vimos um avanço rápido em todas as linhas”, com base na atividade no Site Punggye-ri.

    Quem é Choe Son Hui?

    Nascida em 1964 em Pyongyang, Choe é filha do ex-primeiro-ministro norte-coreano Choe Yong Rim, segundo dados do Ministério da Unificação da Coreia do Sul.
    Ela apareceu pela primeira vez na mídia em 1997 como intérprete para delegados norte-coreanos em negociações nucleares de quatro partes com seus vizinhos.

    Choe desempenhou um papel fundamental durante as cúpulas da Coreia do Norte com os EUA, liderando um esforço de negociação agressivo voltado para a liderança norte-americana do ex-presidente Donald Trump. Suas declarações publicadas na mídia estatal norte-coreana alternaram entre ameaças de “confronto nuclear” a ofertas de diálogo.

    Ela acompanhou o líder norte-coreano Kim para cúpulas em Cingapura em 2018 e Hanói um ano depois, sentada ao lado dele na mesa de negociações.

    Em sua última declaração em março do ano passado, ela exigiu que os EUA cessem sua “política hostil” contra a Coreia do Norte, incluindo seus exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.

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