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    Coreia do Norte avalia retomar testes nucleares e critica “hostilidade” dos EUA

    Comitê executivo do partido que governa o país solicitou “intensificação imediata” da produção de meios militares “mais poderosos”

    Hyonhee Shinda Reuters

    A Coreia do Norte irá aumentar suas defesas contra os Estados Unidos e vai avaliar a retomada de “todas as atividades temporariamente suspensas”, afirmou a agência estatal de notícias KCNA nesta quinta-feira (20).

    A declaração foi uma aparente referência à suspensão temporária que o país asiático impôs por iniciativa própria aos testes com armamentos nucleares e mísseis de longo alcance.

    As tensões aumentaram depois de uma série de testes de mísseis norte-coreanos.

    Uma pressão dos Estados Unidos à Coreia do Norte por novas sanções foi seguida por uma reação imediata de Pyongyang.

    Na quarta-feira (20), o líder norte-coreano, Kim Jong Un, convocou uma reunião do poderoso politburo, o comitê executivo do Partido dos Trabalhadores, que governa o país.

    O grupo discutiu “questões políticas importantes”, incluindo medidas de reação ao que chamou de ações “hostis” dos Estados Unidos, afirmou a KCNA.

    O Politburo decretou a reavaliação das medidas de aproximação com o Ocidente e disse “examinar prontamente a questão de retomar todas as atividades suspensas temporariamente”.

    Houve ainda a solicitação do comitê executivo para ” intensificação imediata” para desenvolvimento de “meios físicos” militares “mais poderosos”, afirmou a KCNA.

    A decisão parece estar um passo além das declarações anteriores de Kim, no final de 2019, de que ele não seria mais amarrado pela suspensão dos testes de ogivas nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais de longo alcance (ICBMs) após os Estados Unidos não responderem às concessões para retomar as negociações.

    “Conflito de longo prazo com os EUA”

    A hostilidade de Washington e as ameaças “atingiram uma linha de perigo”, afirma a agência, citando exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul, o destacamento de armas estratégicas norte-americanas de ponta na região e a implementação de sanções independentes e da ONU.

    “Nós deveríamos fazer preparações mais completas para um conflito de longo prazo com os imperialistas dos Estados Unidos”, concluiu o Politburo.

    O alerta da Coreia do Norte veio horas depois de uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira para discutir os testes recentes de mísseis, a pedido dos Estados Unidos e de outros países.

    O presidente norte-americano, Joe Biden, não mencionou a Coreia do Norte na coletiva de imprensa de quase duas horas na quarta-feira (19), realizada para marcar seu primeiro ano no cargo.

    Ao ser perguntado sobre se os Estados Unidos responderiam ao fato de que a Coreia do Norte estaria retomando os testes nucleares e de ICBMs, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se recusou a “entrar em hipóteses”, mas disse que o objetivo continua sendo a desnuclearização completa da península coreana.

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