COP26: Entenda o que significa a regulamentação das emissões de carbono
À CNN Rádio, o especialista Marcus Nakagawa explicou que será necessária a verificação e validação do carbono emitido pelos países
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As casas do projeto chamado Tacla, na Itália, podem ser construídas por impressoras em cerca de 200 horas, consumindo, em média, 6 kW de energia. É preciso apenas uma equipe de duas pessoas para colocar uma residência dessa de pé, e os resíduos podem ser quase totalmente eliminados • Fórum Econômico Mundial/Iago Corazza
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A Heart of School ajudou a facilitar o uso do bambu nas construções de Bali, na Indonésia. Além dos 400 alunos de ensino básico, a escola recebe arquitetos, designers, engenheiros, defensores do meio ambiente e entusiastas interessados em aprender a construir com bambu • Fórum Econômico Mundial/divulgação
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O prédio da Universidade de Ânglia Oriental, no Reino Unido, é construído com vigas de pinho de origem local, 70% do cimento foi substituído por um subproduto da indústria siderúrgica, reduzindo o carbono, e a mistura de concreto usa areia local reciclada • Fórum Econômico Mundial/Dennis Gilbert
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O Woodside Building, da Universidade de Monash, em Melbourne, Austrália, tem tecnologia para atingir carbono zero até 2030. A capacidade térmica dos vidros e a ventilação mecânica da construção são capazes de reduzir o uso de energia. Além disso, a reutilização da água e a produção de energia solar são outros pontos de destaque • Fórum Econômico Mundial/Michael Kai
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O Powerhouse, que fica em Trondheim, na Noruega, gera mais energia renovável durante sua fase operacional do que foi usado durante a fase de construção. O prédio também foi construído sem utilização de combustível fóssil (sem emissões diretas de carbono) • Fórum Econômico Mundial/Ivar Kvaal
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O Sara Cultural Center, na Suécia, é um dos edifícios de madeira mais altos do mundo e foi construído com material retirada de florestas geridas de forma sustentável, localizadas a 200 km do local, com a madeira sendo processada a 50 km do canteiro de obra, o que reduziu a necessidade de transporte e a emissão de gases ao longo de toda a cadeia • Fórum Econômico Mundial/Patrick Degerman
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A ecovila urbana do Instituto Favela da Paz, em São Paulo, conta com tecnologias caseiras como biodigestores, que transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha, que é entregue à comunidade. O prédio também tem aquecimento solar de água e fornece água quente para quem não pode pagar por um chuveiro elétrico • Fórum Econômico Mundial/Instituto Favela da Paz
A expectativa desta semana na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, é de que sejam definidas as regras para a regulamentação das emissões de carbono.
Mas o que isso significa? De acordo com o coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDES), Marcus Nakagawa, em entrevista à CNN Rádio, este ponto é chave para a Conferência.
Ele fez um comparativo com a regulamentação que já existe na parte financeira de uma nação. “Todo o dinheiro que tramita, tem as leis, o Banco Central, o que podemos fazer com o dinheiro. É isso que precisa regulamentar para as questões de carbono.”
Agora, quando um governo diz que emite determinada quantidade de carbono ou vai deixar de emitir, “alguém vai precisar verificar e validar.”
Da mesma forma, haverá o mercado de “não-carbono”: “Alguém vai comprá-lo, aquela licença para emitir carbono, é um trade, uma compra e venda próxima as de produtos e serviços. Mas se compra ‘o nada’, a eliminação do carbono.”
Brasil pode ser beneficiado
Marcus Nakagawa avalia que, se for possível regulamentar a partir de regras estabelecidas na COP26 e for criado o mercado de carbono — “com auditorias, tecnologias de Inteligência Artificial, drones, blockchain para controle” — o Brasil pode ser beneficiado.
“O agronegócio pode inclusive vender a não-emissão, protegendo florestas que os grandes produtores têm, o setor vai ganhar dinheiro justamente por manter essa floresta em pé”, completou.
*Com produção de Camila Olivo